Ocupação industrial e logística superou o meio milhão de metros ocupados

08/02/2023
Ocupação industrial e logística superou o meio milhão de metros ocupados

A comprovar mais um ano de atividade muito dinâmico no país, o mercado imobiliário de industrial e logística registou no fecho do ano 556.339 m² colocados, uma ligeira descida face a 2021, o que, segundo os especialistas, é apenas reflexo da falta de oferta de produto e da grande procura das empresas logísticas e dos ocupantes internacionais, que procuram cada vez mais descentralizar as suas atividades, e a quem Portugal surge como opção.

Os números do Industrial Prime Index, gerido pela Confidencial Imobiliário, que acabam de sair, revelam que zonas como o Montijo/Alcochete, Palmela/Setúbal, Sintra, Porto Este ou Centro estão entre as que registaram os maiores crescimentos homólogos da área industrial e logística contratada, com destaque para o Porto Este, com a maior subida a nível nacional, de 510%. Porto Este (87.214 m²), Alverca/Azambuja (95.568 m²) ou Centro (145.048 m²) destacam-se com o maior volume colocado (por zona) em 2022.

Apesar de ser a mais abrangente geograficamente, a Zona Centro do país é uma das mais procuradas e destaca-se por ter registado uma ocupação de 145.048 m², um forte crescimento de 211% e quase mais 100.000 m² que os 46.550 m² ocupados pelas empresas em 2021.

Dinamismo empresarial aumenta relevância do Centro na economia

Esta performance é exemplo do relevo que esta região tem vindo a ganhar no que toca ao investimento e à dinâmica empresarial a nível nacional. O investimento direto estrangeiro somou os 7.674 milhões de euros na região Centro em 2021, bem acima dos patamares pré-pandemia e da última década, aumentando assim o seu peso no investimento direto estrangeiro que o país capta para cerca de 5%, o mais elevado de sempre, segundo o Barómetro Centro de Portugal da CCDRC.

Aumentam também as chamadas “empresas gazela”, empresas com rápido crescimento de dimensão ou volume de negócios. Em 2021, existiam 91 destas empresas na região Centro, 30% das quais a operar na área da indústria, 19% no setor da construção e 20% no comércio e reparação de veículos.

O dinamismo desta região tem sido muito suportado pelas exportações, que têm vindo a crescer e que representavam 30,8% do PIB da região em 2021, acima da média nacional de 29,7%, o valor mais alto desde 2016. São 12.631 milhões de euros em bens, que superam os valores registados no período pré-pandemia, e que aumentam o peso da região no total nacional para 20%, acima dos níveis dos últimos anos.

Esta procura externa é um impulso essencial para o comportamento global do crescimento económico do país. Já é conhecido que, no global de 2022, o PIB cresceu 6,7%, a maior subida já registada desde 1987, segundo o INE, que reporta um comportamento positivo e em recuperação da procura externa, com uma aceleração do volume de exportações de bens e serviços, e uma desaceleração das importações.