O edifício dos números 243-251 da rua do Ouro, na Baixa de Lisboa, está a ser totalmente reabilitado e transformado num moderno ativo de retalho, um investimento de 10 milhões de euros da Optylon Krea.
O imóvel será totalmente dedicado a uma marca internacional de retalho (ainda não divulgada), que aqui vai implementar um novo conceito de negócio. Este retalhista está em expansão no mercado português, e vai ter aqui a sua maior flagship store em Portugal e na Europa. Manter-se-ão também no edifício duas “Lojas Com História” classificadas, num total de 1.500 metros quadrados de área.
Para William Tonnard, Co-founder da Optylon Krea, este projeto “único” distingue-se, primeiramente, pela sua localização, mesmo em frente ao emblemático elevador de Santa Justa, “provavelmente uma das ruas com maior tráfego pedonal no país”, do qual a loja deverá beneficiar. A promotora recorda que o edifício “estava a precisar de uma reabilitação integral, pois estava em mau estado de conservação, e precisava de reforço estrutural urgente”.
O projeto de arquitetura é assinado pelo arquiteto Samuel Torres de Carvalho. William Tonnard recorda que “a nossa tarefa inicial passou por compreender a fundo a história do edifício. O Samuel Torres de Carvalho e o José Maria Lobo de Carvalho (restauro) levaram a cabo uma excecional investigação histórica, que nos permitiu desenvolver um projeto que, ao mesmo tempo, integra modernidade, preservando todos os elementos históricos”.
O projeto teve a sustentabilidade em conta desde a fase inicial, nomeadamente com a escolha dos materiais, que têm origem local ou são reciclados sempre que possível. Foram instaladas janelas eficientes de vidro duplo, reforçado o isolamento das paredes, telhados e pisos, e instalados equipamentos altamente eficientes de aquecimento, ventilação ou ar-condicionado, “por forma a reduzir os consumos energéticos, mantendo o conforto ótimo no interior”.
Neste momento, a construção está em fase final, e deverá ser concluída até ao verão, altura em que a loja deverá abrir ao público.
Licenciamento e arranque durante a pandemia foram desafios ultrapassados, com o apoio do Millennium bcp
De acordo com William Tonnard, garantir o licenciamento urbanístico deste ativo foi um desafio, “devido à complexidade do edifício e aos atrasos que decorreram da pandemia de Covid-19 ao nível municipal. Mas estamos contentes por poder revelar tudo sobre este projeto em breve”.
Este projeto de reabilitação urbana contou com o apoio do Millennium bcp. A Optylon Krea recorda que o suporte do banco nesta promoção “tem de ser enfatizado. O banco teve um papel essencial no sucesso do projeto, desde o início que a equipa deu um apoio incondicional a esta empreitada complexa, confiando-nos a sua gestão. Para além disso, mostraram flexibilidade e compreensão ao acomodar os atrasos causados pelos processos de aprovação e pela pandemia”.
E o responsável da Optylon Krea completa que “apesar do recente aumento dos custos de construção devido à elevada inflação, o Millennium bcp continuou a apoiar-nos, prestando o apoio necessário até à conclusão do projeto. Sem esse apoio, o projeto poderia ter enfrentado desafios significativos”.
