Parque Metropolitano nasce na zona Leste da Maia

14/11/2023
Parque Metropolitano nasce na zona Leste da Maia
Novo Parque Metropolitano da Maia

É nas freguesias de Nogueira e Silva Escura e São Pedro Fins que vai ser implementado o Parque Metropolitano da Maia.

Com uma área total de 376 hectares, dos quais 70 são propriedade do Município da Maia, tem como principal propósito programático desenvolver um grande parque metropolitano, concretizando objetivos estratégicos assumidos pelo Município, desde há longa data, para aquela importante porção do território da Maia e da Área Metropolitana do Porto.

O Programa Estratégico do Parque Metropolitano da Maia, aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal é, segundo o presidente António Silva Tiago, o resultado final dos estudos e do planeamento encetado com esta finalidade que “foi além da ideia inicial e representa um importante instrumento orientador para o planeamento e ordenamento do território daquela área do Município”.

“É um programa estratégico que configura uma série de intenções de ordenamento, é um pensamento político que permite definir um rumo de sustentabilidade integral (social, económica e ambiental) para uma parcela muito importante do nosso território”, acrescenta.

O Parque Metropolitano deverá integrar uma série de valências previstas para o território envolvente. Em primeiro lugar, um Laboratório Agro-Florestal, com cerca de 27 hectares, e com possibilidade de ampliação para poente (na direção do Vale da Devesa), para cerca dos 35/40 hectares, localizado na cabeceira do "Vale de Taim-Friães".

O programa prevê um campus tecnológico e de investigação aplicada, no modelo "zona empresarial responsável", com cerca de 30 hectares, localizado a norte, contíguo à zona urbanizada, de uso predominantemente empresarial, ao longo da Via Diagonal/Rua Central de Friães.

Define, também, uma zona urbana multifuncional, onde a área residencial deverá predominar, mas com uma forte componente social, nomeadamente residência sénior e inter-geracional, com cerca de 25 hectares, localizada a sudoeste, contígua à zona urbanizada do Lugar de Carvalho.

Neste programa surgem projetadas duas zonas desportivas para a prática de desporto de formação, que se preveem localizar entre o limite sul da Zona Empresarial Responsável e a A3, o prolongamento do limite nascente do laboratório agro-florestal e o limite norte da área florestal do parque metropolitano multifuncional.

O processo de elaboração do programa compreendeu uma primeira fase voltada para a realização de um reconhecimento e diagnóstico da área em estudo; uma segunda fase para apresentar uma proposta urbanística e a entrega da versão final, com a conclusão do estudo, resultante da validação por parte do município.

Na fase de reconhecimento e diagnóstico foi efetuado trabalho de campo de reconhecimento da área de intervenção e produzidos os documentos de caraterização do território. Decorrente desta fase foi proposto, pela equipa que elaborou o programa, a expansão dos limites para nascente, incluindo o Vale Ribeirinho do Leandro.

Na fase da Proposta Urbanística foi elaborada a definição da área do designado Parque Metropolitano da Maia e do zonamento para a localização de diversas funções urbanas, designadamente habitacionais, comerciais, turísticas, de serviços, desportivas, entre outras, vertidas na planta de zonamento e diagrama síntese da proposta. Decorrente desta fase foi proposto, pela equipa que elaborou o programa, a expansão dos limites do Parque Metropolitano da Maia para norte, incluindo toda a área do Monte de Santo António.

Concluído este procedimento, dispõe a Câmara Municipal de um documento estratégico enquadrador de todas as ações setoriais integrantes do Programa Estratégico do Parque Metropolitano da Maia, com a definição clara dos limites e funcionalidades de um grande parque metropolitano, com 376 hectares.

O Programa Estratégico vai ser enquadrado na proposta de 2.ª revisão ao Plano Diretor Municipal, em curso, de acordo com o sistema de execução previsto no PDM, a promover pelo município e/ou privados.


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A área em estudo organiza-se em três áreas funcionais principais:

Zona A – Parque Metropolitano da Maia | 338,59 hectares

Zona de solo rústico delimitada, de propriedade pública e privada, que se propõe ordenar como um sistema de paisagem, utilizada para fins de conservação, de apoio social, de formação e de recreio.

Organiza-se através de cinco áreas funcionais principais - Parque Silvo-Ambiental – 176,91 ha; Laboratório Agro-Ambiental – 47,37 ha; Parque Ribeirinho do Leandro – 51,60 ha; Parque Desportivo norte – 21,50 ha; Parque Desportivo sul – 15,00 ha;

Inclui um conjunto de equipamentos de interesse coletivo, como um colégio, hotel, residências intergeracionais ou hortas municipais.

Zona B – Zona empresarial do Leandro | 37,70 hectares

Corresponde às áreas empresariais delimitadas no extremo norte da área de estudo, a poente e a nascente da A3. É proposta a consolidação da malha existente, com a criação de novas ligações que dão primazia ao acesso através do eixo Friães – São Frutuoso que por sua vez se liga ao sistema de autoestradas através da RVP23.

Na área empresarial nascente, são propostas 3 parcelas municipais com uma área total de 6,24 ha. Com frente para a rotunda projetada pelo Município, situa-se ainda uma parcela privada com 1,18 ha.

Zona C – Zona urbana de Nogueira | 33,67 hectares

Área correspondente ao perímetro urbano delimitado no projeto de revisão do PDM em curso, na categoria de espaços habitacionais. A proposta procura encontrar critérios mais detalhados para a definição do limite entre solo rústico e solo urbano, designadamente na confrontação nascente com o Parque Silvo-ambiental.

Na faixa sul, propõe-se a implantação de um equipamento coletivo designado Residências Intergeracionais. A proposta quer completar a malha urbana com base num eixo principal norte sul que liga a nova rotunda de amarração da via proposta no Parque Silvo-ambiental à passagem inferior à A41 na Rua Novais.

Consideram-se ainda um conjunto de pequenos aglomerados e parcelas rústicas designada por “Outras Zonas” e que totalizam 33,51 hectares.