No terceiro trimestre de 2024, os preços da habitação aumentaram 1,4% na zona euro e 3% na União Europeia (UE), segundo dados publicados sexta-feira pelo Eurostat. Portugal registou a segunda maior subida trimestral deste conjunto, de 3,7%.
Segundo o gabinete estatístico europeu, nesta variação trimestral, os preços das casas em Portugal cresceram 3,7%, uma subida apenas ultrapassada pela Bulgária, onde o aumento foi de 3,9%. Apenas dois Estados-membros apresentaram recuos – a Finlândia (-0,6%) e a Estónia (-0,5%).
Face a igual trimestre de 2023, os preços aumentaram 2,6% na zona euro e 3,8% na União Europeia. Em Portugal, o indicador aumentou 9,9% na comparação anual.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2023, os maiores aumentos nos preços das casas registaram-se na Bulgária (16,5%), na Polónia (14,4%) e na Hungria (13,4%).
De acordo com os dados do serviço estatístico europeu, quatro Estados-membros registaram quebras na variação homóloga: França (-3,5%), Finlândia (-2,8%), Luxemburgo (-1,7%) e Alemanha (-0,7%).
Rendas da habitação subiram 7% no ano passado
Também as rendas habitacionais continuaram a crescer em 2024, registando um aumento médio de 7%. Esta subida compara com a de 4,5% registada no ano anterior.
De acordo com os últimos números divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no âmbito do Índice de Preços no Consumidor, que tem em conta as rendas efetivamente pagas pelos inquilinos, esta subida mostrou-se transversal a todas as regiões do país, e foi particularmente intensa em Lisboa e no Norte, com aumentos de 7,2%. Todas as regiões tiveram variações positivas.
O instituto estatístico recorda que, desde abril, as rendas das casas mantêm uma tendência de crescimento homólogo superior a 7%. Dezembro seguiu a mesma linha: o valor das rendas de habitação por metro quadrado registou uma variação de 7,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Neste mês, todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo a Região Autónoma da Madeira registado o aumento mais intenso, de 8,2%.
Face ao mês anterior, o valor médio das rendas de habitação por metro quadrado registou uma variação de 0,3%, um ligeiro abrandamento face aos 0,4% do mês anterior. A região com a variação mensal mais elevada foi a Madeira (0,7%), tendo as restantes regiões apresentado variações homólogas positivas.
De recordar que o índice de rendas de habitação incluído no IPC é relativo a todo o stock de habitação arrendado, pelo que não deve ser comparado com outras estatísticas do INE que se baseiam apenas em novos contratos de arrendamento.