Preços nos bairros mais caros de Lisboa deverão aumentar significativamente

23/06/2021
Preços nos bairros mais caros de Lisboa deverão aumentar significativamente

O preço médio dos imóveis nos bairros mais caros da capital ronda os 900.000 euros, segundo os dados das operações da Engel & Völkers. São eles o Chiado, Santo António, Misericórdia e Estrela.

No Chiado, o preço médio dos imóveis ronda os 10.000 euros por metro quadrado. Em Santo António, a média ronda os 5.395 euros, na Misericórdia os 5.058 e na Estrela os 4.347 euros por metro quadrado.

Chiado, Bairro Alto, Graça, Alfama, Príncipe Real, Avenidas Novas (4.700 euros/m²), Belém (4.000 euros/m²), Parque das Nações (4.300 euros/m²) ou a da Estrela (4.300 euros/m²) estão entre os bairros mais procurados pelos investidores imobiliários para compra de habitação.

Segundo a E&V, que tem em portfólio mais de 150 imóveis destas zonas da capital, “apesar de nos últimos cinco anos a capital portuguesa tem sido consecutivamente galardoada com prémios de turismo, colocando Lisboa como um dos destinos preferidos pelos estrangeiros, 65% dos investimentos em Lisboa ainda são de clientes portugueses”.

A tipologia mais procurada, segundo a experiência da empresa, são os T2 com cerca de 85 metros quadrados no caso do arrendamento, e 82 metros quadrados no caso da venda. Os compradores procuram também elevador, garagem e acesso a espaços exteriores, além de espaços verdes envolventes e bons acessos a transportes públicos.

Vanessa Moreira, responsável pelo Market Center de Lisboa na Engel & Volkers, explica em comunicado que “em Lisboa, pela sua tipologia urbana, a maior parte dos investimentos são em apartamentos. Mas com a pandemia registamos uma forte procura por propriedades na periferia da cidade. Casas com zonas verdes envolventes, jardins, varandas ou sala de escritório são agora o mais importante para os investidores”.

Nota que “a maioria das empresas em Portugal está a aplicar modelos futuros de teletrabalho e nesse sentido muitos millennials procuram lugares onde possam combinar atividades outdoor e trabalho remoto. Tendo em conta este cenário, prevemos que os preços de imóveis residenciais aumentem significativamente em 2021 devido ao aumento da procura, mas também espectamos que a idade média dos compradores continue a diminuir”, prevê.