Preços das casas sobem 2%

27/04/2022
Preços das casas sobem 2%

A agitação no mercado português, no que diz respeito à habitação, não foi afetada pela situação de guerra que se vive na Ucrânia, com os preços de venda das casas a externarem um novo aumento logo no primeiro mês após o início do conflito.

Como se pode constatar no Índice de Preços Residenciais apurado pela Confidencial Imobiliário, em Portugal Continental, os preços de venda das casas subiram 2,0% em março face ao mês anterior, dando assim continuidade ao ciclo de fortes subidas mensais que se vem a suceder nos últimos meses. Os preços das casas registam crescimentos mensais de entre 1,5% e 2,0%, desde o início deste ano, algo que gerou uma variação de 5,5% no 1º trimestre do ano face ao trimestre anterior.

Esta subida mensal dos preços supera a percentagem de 1,0%, desde outubro do ano passado, conduzindo assim a uma intensificação da variação trimestral, que passou de 2,1% no 3º trimestre de 2021 para 3,9% no 4º trimestre, e para os atuais 5,5% – esta última subida trimestral é a mais proeminente desde que o Índice de Preços Residenciais monitoriza o comportamento dos preços de venda da habitação no país.

Além do mais, os preços apresentam uma subida de 17,0% em março, em termos homólogos, quase cinco pontos percentuais a mais do que os 12,2% que este indicador marcava no final de 2021.

O preço médio de venda das casas em Portugal atingiu os 2.015 euros/m2 no 1º trimestre de 2022, oscilando entre os 3.182€/m2 no segmento de novos e 1.881 euros/m2 nos usados, segundo o SIR-Sistema de Informação Residencial. No período mencionado, estima-se que se deve ter vendido por volta de 42.500 casas no país.

INE também destaca subida

Entretanto, e de acordo com a informação divulgada pelo INE, o preço mediano da habitação aumentou, no quarto trimestre de 2021, em 23 das 25 sub-regiões (NUTS III).

Em Portugal, neste período, o preço mediano de alojamentos familiares foi de 1.355 euros/m2, registando-se uma subida homóloga de 14,1%. No trimestre anterior tinha sido 12,2%, pelo que os dados mostram que a subida dos preços acelerou no final do ano passado. No trimestre anterior, verificou-se +12,2%, sendo que os dados exibidos revelam uma aceleração na subida dos preços, no final de 2021.

Para além de serem as duas sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados – Algarve (2 114 euros/m2) e Área Metropolitana de Lisboa (1 904 euros /m2) – foram também aquelas que registaram os valores mais elevados nas duas categorias de domicílio fiscal do comprador: Território Nacional (respetivamente, 1 969 euros/m2 e 1 858 euros/m2) e estrangeiro (2 547 euros/m2 e 4 283 euros/m2).

Na Área Metropolitana de Lisboa, no 4º trimestre de 2021, a variação homóloga dos preços aumentou em 7 dos 11 municípios com mais de 100 mil habitantes da região, sendo que a aceleração sido superior à verificada a nível nacional (+1,9 p.p.).

Na Área Metropolitana do Porto, os municípios de Maia (+10,5 pontos percentuais) e Vila Nova de Gaia (+8,1 pontos percentuais) registaram um aumento das taxas de variação homólogas superiores ao país, assim como na região de Lisboa.

De destacar ainda que, em termos concretos, em Lisboa (+0,4 p.p.) e Porto (+0,9 p.p.) a aceleração foi menos expressiva.