Preços da habitação mantêm crescimento a dois dígitos em Sesimbra

22/03/2023
Preços da habitação mantêm crescimento a dois dígitos em Sesimbra
Sesimbra

Muito procurada para o turismo, a cidade de Sesimbra continua a mostrar-se atrativa também para o investimento em habitação. Prova disso é que os preços das casas valorizaram 17,2% no ano passado, mantendo o ritmo de subida face a 2021, quando o ano fechou com uma subida de 17,5%. É o que mostram os números do Índice de Preços Residenciais, da Confidencial Imobiliário.

No ano passado, as habitações em Sesimbra transacionaram com um preço médio de venda de 2.272 euros por metro quadrado (2.502 no caso dos apartamentos e 2.055 no caso das moradias), num total de 1.550 casas transacionadas neste concelho, em linha com os níveis de atividade registados durante 2021, num tempo médio de absorção de 5 meses.

Este valor médio de venda mantém-se abaixo da média da Área Metropolitana de Lisboa, que ronda os 2.676 euros por metro quadrado, segundo o SIR – Sistema de Informação Residencial, mas Sesimbra mantém-se no conjunto de cidades que crescem a dois dígitos, numa altura em que as cidades próximas dos grandes centros urbanos de Lisboa ou Porto registam uma procura acrescida no mercado da habitação, que continua a impulsionar os preços em alta, muitas delas registando subidas dos preços na ordem dos 20%, apesar de registarem valores inferiores aos da capital.

Os promotores imobiliários respondem à grande procura por Sesimbra, e vários novos projetos de habitação (e também turísticos) foram sendo anunciados ao longo do ano passado. Segundo o Pipeline Imobiliário, da Ci, a carteira de projetos residenciais de Sesimbra aumentou no ano passado cerca de 19% (em número de fogos) face ao ano anterior, com 295 novos projetos de habitação, que darão origem a 370 novos fogos, a dar entrada para licenciamento na câmara municipal. A maior parte destes projetos diz respeito a moradias, num total de 320. Só 10 destes projetos dizem respeito a edifícios de apartamentos, concentrando 50 fogos.

E a autarquia está apostada em tornar os processos de licenciamento mais ágeis, tendo anunciado a nova plataforma digital “Urbanismo” para submissão de processos que se estreia esta semana. Um avanço para a “desmaterialização dos processos urbanísticos, entre os quais o licenciamento de obras particulares, operações de loteamento, obtenção de autorizações de utilização, de viabilidades construtivas, entre outros previstos no Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE)”, explica a CMS. Os vários passos destes processos estão agora “facilitados e, na sua maioria, podem ser feitos a partir de casa ou num atendimento presencial acompanhado”.