O setor imobiliário arranca o ano com melhores perspetivas que em 2021, com o mercado residencial a ganhar particular destaque nas projeções das diversas consultoras. A caminho da maturidade, este segmento foi significativamente impactado pelas novas necessidades decorrentes de todo um contexto de pandemia, no qual as famílias reviram as suas necessidades habitacionais. Hoje, com o teletrabalho e o ensino à distância a fazerem parte do quotidiano de muitas estruturas familiares, mesmo com o levantamento de medidas mais drásticas, o mercado dos terrenos para autoconstrução de moradias ganhou um novo dinamismo na procura. No entanto, as várias projeções continuam a enfatizar um desafio em particular: a falta de oferta de terrenos capaz de ir ao encontro do aumento da procura por este tipo de habitação. As consultoras presentes no mercado apontam que esta escassez vai continuar a marcar o ano de 2022 e que os preços poderão estabilizar ou mesmo corrigir, apesar de a procura continuar a ser impulsionada pelas poupanças dos portugueses e pelo facto de os bancos continuarem abertos à concessão de crédito.
Invocando os dados da Plataforma Imovirtual, segundo um estudo que divulgou relativo aos 2 primeiros meses deste ano, houve um crescimento de 40% na procura por terrenos para construção de casas com espaços exteriores ou independentes, onde a categoria de moradias se inclui, face aos 2 últimos meses do ano transato. A procura de terrenos para construção de moradias ganha assim particular relevo, após um ajuste nas necessidades das famílias que, fruto de um contexto de pandemia, considera agora maiores espaços interiores, para além de privilegiar, igualmente, espaços exteriores, também num conceito de construção com opções de sustentabilidade cada vez mais premente. Neste contexto e para esta finalidade, a demanda por terrenos urbanos próximos das grandes cidades e até mesmo mais afastados destas grandes urbes têm sido particularmente requisitados ao mercado.
Um novo paradigma habitacional
Na opinião de Rui Felgueiras, do Millennium bcp e responsável comercial pela oferta a norte, a pandemia veio trazer um novo paradigma no seio das famílias portuguesas, havendo uma maior necessidade de espaços exteriores e mesmo interiores. “Tal tem feito aumentar, claramente, a procura por terrenos urbanos junto das grandes cidades, mas ao mesmo tempo até a procura de terrenos já fora dos espaços mais urbanos, onde as famílias, em um novo conceito de vida, se sentem melhor e com mais qualidade de vida”.
Segundo Carlos Nunes, do Millennium bcp e responsável comercial pela oferta a sul, esta corresponde à perceção que tem do mercado em geral e ao que tem ouvindo em diversas geografias. “É também com esta perceção que consideramos que a nossa oferta de terrenos para auto construção pode contribuir para colmatar parte do desfasamento entre a oferta existente, sobretudo de construção nova para habitação, e a procura. Isto porque, na generalidade dos casos, o investimento na compra de um terreno para autoconstrução e respetiva construção, representará um negócio mais favorável no que toca ao investimento total, quando comparado com o investimento necessário na aquisição de um imóvel novo já construído”. O responsável salienta, por outro lado, a realização de um projeto de autoconstrução, que pode significar um processo interessante já que a edificação será ajustada ao gosto, à necessidade do consumidor e também à capacidade financeira do mesmo, para além do envolvimento pessoal nas fases de construção propriamente ditas.
Os destaques do Millennium bcp
O Millennium bcp colocou no mercado vários ativos dentro deste segmento de terrenos para construção de habitação, mais propriamente de moradias unifamiliares isoldas, dispersos por várias regiões. Rui Felgueiras destaca o terreno localizado no concelho da Anadia (Ref. 103953; Área do lote: 3.324 m2; ABC: 500 m2), não só pela dimensão interessante, o que permite famílias criarem espaços de lazer ou até de microcultura de subsistência, como também pela proximidade à sede de concelho em poucos quilómetros.
Carlos Nunes diz haver, presentemente, no Milllennium bcp, uma oferta bastante diferenciada no que respeita às características e enquadramento dos terrenos, mas também no que se reporta à utilização mais provável a que os mesmos se destinam. Assim, pela sua proximidade a Lisboa, destaca um loteamento, constituído por 6 lotes, na zona de Arruda dos Vinhos, com áreas entre 604 m2 e 888 m2, para construção de moradias unifamiliares isoladas permitindo uma ABC entre 306 m2 e 440 m2. Realça também dois lotes em Castro Marim, com áreas de 1.226 m2 e 1.382 m2, e que permitem, em cada um deles, a construção de moradias com uma ABC de 300 m2. No caso particular destes dois lotes, embora não seja impeditivo de outra utilização, será mais provável que se destinem a 2ª habitação, tendo em conta o facto de estarem inseridos em resort de golf e próximos das praias do Sotavento algarvio.
