A região de Lisboa vai marcar presença no MIPIM 2025, de 11 a 14 de março, em Cannes, o principal evento dedicado às cidades e ao imobiliário a nível internacional. Esta participação é dinamizada pela Câmara Municipal de Lisboa, a par dos municípios de Vila Franca de Xira e Almada, em parceria com a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa e o grupo Iberinmo.
A iniciativa foi oficialmente apresentada na última sexta-feira, 22 de novembro, na Câmara Municipal de Lisboa. Na ocasião, o presidente da autarquia, Carlos Moedas, destacou que “o MIPIM não é um evento qualquer, é um evento de cidades e de liderança, que vai muito além do imobiliário. Estarmos presentes significa mostrar a liderança da cidade de Lisboa, e devemos olhar para esta oportunidade de promoção na perspetiva do desenvolvimento económico, da inovação, da sustentabilidade, e ver o exemplo que podemos dar”. E afirmou que “Lisboa já é um destino. O que temos de ir vender é uma capital de inovação, de sustentabilidade, e sobretudo credibilidade e capacidade de resposta”.
Recordou que “Lisboa é um caso de estudo pelo que estamos a fazer na área da habitação. Temos o maior projeto europeu na área da habitação social e municipal acessível, e entregámos 2.100 casas aos lisboetas nos últimos 3 anos”. Referindo-se aos programas de concessão de habitação para renda acessível, ainda em impasse na autarquia, rematou que “precisamos agora que os restantes vereadores da CML entendam que o problema da habitação só se resolve com todos, e que os privados façam parte”. E apela: “não podemos ir sozinhos [ao MIPIM]. Amada e Vila Franca de Xira já confirmaram, mas a Área Metropolitana tem 18 municípios, e devemos ir todos”.
Na mesma ocasião, a vereadora do Urbanismo da CML, Joana Almeida, destacou a Estratégia 2040, “para uma cidade próxima e inovadora”, que a autarquia vai apresentar durante o MIPIM, e que inclui a revisão do PDM, sustentada pela carta estratégica da cidade. “Queremos levar ao MIPIM esta visão consolidada e ter os privados connosco no stand e nesta visão de cidade. É muito importante trabalharmos sempre em parceria e melhoria contínua. Se queremos investidores em Lisboa, a concretização e a celeridade têm de acontecer”.
Focando-se na componente da habitação, recordou que a recém-aprovada Carta Municipal de Habitação da CML prevê a construção de cerca de 9.000 fogos de habitação acessível nos próximos 10 anos, e Joana Almeida destacou que “é importante que os privados continuem a investir em habitação, precisamos de mais, e ainda temos muita área disponível, ao contrário de outras capitais europeias. Queremos vários tipos de habitação. Temos oportunidades de investimento na zona do Vale de Santo António, e em toda a coroa Norte da cidade, a partir da 2ª Circular. Há muito para requalificar e investir, a nível público e privado”.