Rendas das casas sobem 2,25% em 2026

02/09/2025
Rendas das casas sobem 2,25% em 2026
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No próximo ano, as rendas da habitação poderão aumentar 2,25%, de acordo com a estimativa rápida da inflação divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística. 

Nos últimos 12 meses, até agosto, a variação média do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá sido de 2,25%, sendo este o indicador que serve de base ao coeficiente usado para a atualização anual das rendas em 2026, ao abrigo do Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU).

Caso este valor seja, entretanto, confirmado, a taxa de atualização a aplicar no próximo ano representará uma aceleração face aos 2,16% apurados para 2025. Mas o INE só vai publicar os dados definitivos do IPC de agosto no dia 10 de setembro, que irá então confirmar o valor efetivo de atualização das rendas. Este terá ainda de ser publicado em Diário da República até dia 30 de outubro. 

Esta é taxa máxima de atualização aplicável aos contratos que estejam feitos há mais de um ano, ao abrigo do Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU) e do Novo Regime do Arrendamento Rural (NRAR), cabendo ao senhorio decidir se o fará. No entanto, houver outro mecanismo previsto no contrato para a atualização das rendas, é o acordado entre as partes que vigora.

Quase 130.000 inquilinos recebem apoio extraordinário à renda em setembro

129.642 inquilinos vão receber em setembro o pagamento do apoio extraordinário à renda, com retroativos a janeiro deste ano. 

De acordo com a informação dada pelo Governo à agência Lusa, “segundo o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), os dados referentes ao apuramento de 2025 indicam que em setembro serão pagos apoios a 129.642 locatários, com retroativos a janeiro”, avançou o Ministério das Infraestruturas e Habitação. Contam-se 58.659 beneficiários com incongruências, e que, por isso, terão o pagamento suspenso. Quem estiver nesta situação, será notificado e deverá regularizar a sua situação no Portal Consulta Cidadão, disponível no site do IHRU.

Este esclarecimento surge na sequência do envio de um ofício ao Governo por parte da Provedoria de Justiça no qual apela à revisão urgente do apoio extraordinário ao pagamento de renda, depois de ter recebido muitas queixas de irregularidades no programa. Entre maio de 2023 e julho de 2025, a Provedoria recebeu cerca de 1.000 solicitações relacionadas com este regime de apoio às rendas, e o número de queixas relativas à suspensão ou redução dos apoios aumentou significativamente este ano.

Está em causa o apoio extraordinário ao pagamento de rendas criado no âmbito do pacote “Mais Habitação”, do Governo de António Costa, que entrou em vigor em outubro de 2023, e que consiste num apoio mensal, até ao limite máximo de 200 euros, atribuído a pessoas cujo encargo pelo pagamento das rendas de casa exige uma taxa de esforço igual ou superior a 35%.