Rendas dão sinais de estabilização em Lisboa e no Porto

19/11/2025
Rendas dão sinais de estabilização em Lisboa e no Porto
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No terceiro trimestre deste ano, o mercado de arrendamento habitacional começou a dar sinais de estabilização das rendas, depois do ciclo de descida dos últimos trimestres. 

De acordo com as últimas estatísticas do Índice de Rendas da Confidencial Imobiliário, neste terceiro trimestre de 2025 o mercado de arrendamento residencial começa a dar sinais de estabilização, com as rendas dos novos contratos a registar variações trimestrais ligeiramente positivas de 0,6% em Lisboa e de 0,2% no Porto.

Na capital, esta é a segunda variação trimestral positiva, mesmo que residual, sucedendo aos 0,7% registados no 2º trimestre de 2025. Ainda assim, nota a análise da Ci, as rendas contratadas mantêm uma variação homóloga negativa de -2,9%, refletindo ainda um ajustamento face ao ano anterior. No entanto, o ritmo de descida tem vindo a atenuar-se, com o atual indicador a desagravar face à queda de 3,4% no 2º trimestre, sinalizando já o movimento de maior estabilização dos valores contratados.

No Porto, o mercado exibiu um comportamento semelhante. Embora a ligeira recuperação do 3º trimestre indique um possível ponto de viragem após vários períodos de descidas, esta ainda não foi suficiente para inverter a tendência negativa observada ao longo do último ano. As rendas contratadas apresentaram uma variação homóloga de -,1,5% no 3º trimestre, a primeira descida anual em quatro anos. Este resultado reflete a trajetória mais contida no mercado portuense, que nos últimos dois anos tem registado variações trimestrais de pequena magnitude, maioritariamente em terreno negativo.

No terceiro trimestre de 2025, a renda média contratada para um apartamento T2 situou-se em 1.586 euros em Lisboa e 1.200 euros no Porto, de acordo com o SIR – Arrendamento.

Ritmo de subida manteve-se em outubro

A nível nacional, mantendo o ritmo de crescimento observado no mês anterior, em outubro as rendas habitacionais registaram uma variação homóloga de 5%, revela o Instituto Nacional de Estatística. 

A tendência ascendente foi transversal a todas as regiões do país, não tendo sido registadas quaisquer decréscimos no valor médio das rendas de habitação (€/m²). A Madeira foi a região com o aumento mais intenso, com uma subida de 7,4% face a outubro de 2024.

Na comparação mensal, o valor médio das rendas habitacionais aumentou 0,4% a nível nacional, mais 0,1 pontos percentuais (p.p.) que os 0,3% observados em setembro. Uma vez mais, a Madeira foi a região com a variação mensal mais intensa (0,6%), não se tendo observado qualquer variação negativa no valor das rendas nas restantes regiões.