De 2 a 5 de maio, a FIL do Parque das Nações, em Lisboa, recebe mais um Salão Imobiliário de Portugal, que se realiza em simultâneo com a Tektónica, dedicada à construção. Será um momento privilegiado entre as empresas e players deste setor e o público em geral, que vai debater temas de relevo para o mercado, como a habitação, o arrendamento acessível ou as cidades.
Em entrevista ao Público Imobiliário, Sérgio Runa, gestor do SIL, faz uma antevisão do evento, e partilha as expetativas otimistas da organização para o certame.
Realiza-se de 2 a 5 de maio uma nova edição do Salão Imobiliário de Portugal. Quais as vossas expetativas para o certame?
As expectativas para este ano são muito otimistas, pois à data já está confirmada a presença da grande maioria das empresas que participaram na edição anterior do SIL, destacando-se os principais promotores e mediadores imobiliários. De referir que cerca de 10% destes participantes, aumentaram a sua área de exposição, o que reflete a valorização do investimento no Salão.
O SIL contará ainda com um conjunto de expositores que participam pela 1ª vez, onde se destaca o crescimento de áreas fundamentais para o sector como sejam as tecnologias associadas ao imobiliário – Proptech.
Que novidades trará a programação do evento este ano? Quais serão os principais temas da atualidade imobiliária que vão dinamizar a agenda de conferências?
A grande preocupação deste ano será acima de tudo manter a qualidade dos oradores e dos temas a debate, que serão naturalmente temáticas de grande importância e atualidade para o setor do imobiliário.
Assim, no dia 2 de maio decorrerá, a Conferência CNN Summit – Portugal Habita, cujo principal enfoque será sobre as temáticas ligadas aos novos modelos de habitação e políticas de arrendamento acessível, com a participação de autarcas responsáveis pela gestão das principais cidades do país.
No dia 3 de maio, terão lugar as conferências do SIL Investment Pro, organizadas em colaboração com o parceiro estratégico do SIL, a APPII – Associação Portuguesa dos Promotores e Investidores Imobiliários.
Vamos ter a 15ª edição dos Prémios SIL do Imobiliário, este ano nas categorias de Melhor campanha de Lançamento, Responsabilidade Social, Inovação, Construção Sustentável e Eficiência Energética, Melhor Empreendimento Imobiliário e Reabilitação Urbana. Foram recebidas mais de 40 candidaturas e os vencedores serão conhecidos no 1º dia do SIL. Os Prémios SIL do Imobiliário são um ponto alto do Salão, pois distinguem projetos e personalidades que se destacam pela excelência no setor imobiliário.
O SIL continua, assim, a assumir-se como a montra das últimas novidades do setor imobiliário, designadamente novos empreendimentos residenciais, bem como de inovações tecnológicas aplicadas à construção e ao mercado imobiliário. É ainda um espaço de debate dos principais temas do setor levado a cabo pelas principais empresas e entidades intervenientes.
O SIL Cidades estará de volta este ano. Porquê esta escolha?
Este ano o foco será uma aposta forte no SIL Cidades, uma vez que o SIL surge como o papel de catalisador do setor Imobiliário das nossas cidades e um pilar fundamental para a captação de investimento e desenvolvimento quer económico, quer social dos meios urbanos. Nesta edição temos confirmadas as presenças das grandes metrópoles do Porto e Lisboa, mas também de cidades como o Seixal, Gaia ou Santarém.
Tendo em conta o balanço do SIL 2023, quais os números que pretendem atingir este ano?
A última edição do SIL registou um aumento de expositores na ordem dos 46%, num total de 159 expositores (dados da UFI – Union des Foires Internationales). De referir que para além da representação nacional estiveram também presentes diversos expositores de outros países o que demonstra a capacidade do evento em atrair investidores internacionais.
O SIL realizou-se em simultâneo com a Tektónica, evento líder da construção em Portugal. Esta é uma aposta que tem gerado um amplo consenso entre expositores e visitantes, uma vez que se trata de dois sectores com inúmeros vasos comunicantes e com capacidade de gerar enormes sinergias.
Os dois eventos ocuparam mais de 35.000 metros quadrados de exposição e ainda o Centro de Reuniões da FIL, onde se realizaram as Conferências SIL. No seu conjunto registou-se um incremento de 47% de visitantes (ultrapassado os 22.500) e 45% de expositoras, mais de 400 empresas.
Na 27ª edição do SIL, que decorre novamente em simultâneo com a Tektónica, prevemos ultrapassar os 25.000 visitantes, alcançar os 450 expositores e mais de 4.000 congressistas.
Com a realização do SIL em maio pretendemos, por um lado ocupar um período que se revela uma boa oportunidade para o lançamento de novos “produtos” e beneficiar de uma maior procura no mercado de segunda habitação e turístico e, ao mesmo tempo, retirar sinergias da realização em simultâneo com a maior feira de construção do país.
A importância da junção dos dois eventos é valorizada e reconhecida pelas empresas presentes, dada a complementaridade das duas fileiras.
Na sua opinião, como deverá o setor imobiliário português comportar-se este ano de 2024, tendo em conta o atual contexto? E o que espera o setor do novo Executivo?
O setor imobiliário estará sempre dependente da evolução macro-económica, resultado da conjuntura nacional e internacional. Se por um lado a descida das taxas de juro nos deixa otimistas e antevê mais facilidade na compra de imóveis, por outro lado a ausência de habitação acessível ainda não tem uma solução a breve prazo à vista.
As recentes eleições e mudança de Governo também nos deixam expectantes quanto às políticas de habitação que acabam por influenciar fortemente o rumo do mercado.
