Segmento de escritórios sobressai no investimento imobiliário comercial

02/02/2022
Segmento de escritórios sobressai no investimento imobiliário comercial

O investimento imobiliário comercial deverá crescer 30% a 40% em 2022 face ao ano passado, podendo atingir o patamar dos 3.750 milhões de euros, estima a CBRE Portugal. Admitindo que um volume médio anual em torno dos 3 mil milhões de euros pode vir a ser o novo normal neste setor em Portugal, a consultora realça que este ano a atividade deverá ser impulsionada sobretudo pelo forte dinamismo esperado nos segmentos de escritórios e hotéis mas também, ainda que em menor medida, pela logística e alternativos.

“Atualmente estão em curso transações de escritórios que valem entre 500 a 600 milhões de euros, aos quais se deverão somar pelo menos mais 500 milhões de euros ao longo dos próximos meses”, antevê a CBRE. “Estão agora no mercado alguns projetos e empreendimentos de escritórios de grande dimensão que poderão estabelecer novos marcos no que respeita às transações deste tipo de ativos”.

Dinamismo no mercado lisboeta

Em 2021, foram colocados cerca de 162 mil metros quadrados de escritórios na zona de Lisboa, mais 17% que os 138 mil colocados ao longo de 2020. De acordo com o Office Flashpoint da JLL, ao longo do ano registaram-se 137 operações, com uma área média de 1.180 metros quadrados. A zona do Corredor Oeste foi a mais dinâmica, com 31% do total, seguida pelo Parque das Nações e pela Zona 7, com 19% cada. As empresas de TMT’s & Utilities lideraram a procura, com 31% da área tomada. Só em dezembro foram colocados 23.700 metros quadrados em Lisboa, com destaque para duas operações com áreas superiores a 4 mil metros quadrados, nomeadamente a instalação da Clara Net no Hub Criativo do Beato.

Escritórios localizados na Baixa de Lisboa

Com uma excelente localização e uma estrutura versátil em termos das atividades que poderão ali ser desenvolvidas, os escritórios que o Millennium bcp tem em venda são uma oportunidade ímpar a visitar.

Localizado na Baixa de Lisboa, o Banco tem em venda um conjunto de duas frações de escritórios, interligadas e com excelentes condições para acomodar uma atividade de serviços das mais variadas finalidades. Desde consultorias do setor financeiro, ramos administrativos de empresas privadas e públicas, informática, consultórios de advogados ou juristas, centros de formação, entre outras, o leque de atividades é extenso, e a sua estrutura, localização invejável e versatilidade são fatores distintivos.

Trata-se, efetivamente, da fração M e N, interligadas e inseridas nas águas-furtadas de um prédio de 6 pisos em propriedade horizontal, compostas, no seu conjunto por 10 divisões, entre gabinetes, salas de reuniões, salas de espera, 2 wc, 1 copa, 1 espaço de arrumos e 3 varandas orientadas a norte, nascente e poente, proporcionando uma boa luminosidade. A sua estrutura é adequada para acomodar no seu interior, os espaços mais comuns ao nível dos serviços, como sendo, espaços para formação, de trabalho, administrativos, de atendimento e de reuniões. Estas 2 frações foram remodeladas há cerca de 5 anos, apresentam paredes e tetos revestidos a pladur, com iluminação embutida, pavimento flutuante, com exceção dos wc em que as paredes e pavimentos são revestidos a materiais cerâmicos. A caixilharia exterior é lacada com vidros duplos.

Zona consolidada e turística

Em termos de localização, este ativo situa-se na Rua dos Sapateiros nº 39, adjacente à Rua do Ouro e à Rua Augusta, a pouco mais de 400 metros da Praça do Comércio. Esta é uma zona consolidada, turística, com uma boa dinâmica comercial e beneficia de boas acessibilidades. Embora de tráfego intenso, o arruamento que serve o prédio, é de perfil reduzido, com sentido único e com estacionamento automóvel ao longo da via, para além dos vários parques de estacionamento entre o Rossio e a Praça do Comércio (Parkplatz, Parkhaus, Baixa-Chiado, Praça da Figueira, Câmara Municipal, entre outros).

O prédio onde se inserem as frações, tem uma construção centenária, tipicamente pombalina, com alvenarias resistentes e pavimentos de madeira, apresenta-se em bom estado de conservação e evidencia obras de reabilitação recentes. Exteriormente, a fachada é areada e pintada, com guarnecimentos de vãos exteriores em cantaria, soco interior e cunhais em pedra e janelas de sacada com varandins em ferro forjado no 4º e 5º pisos. Interiormente, o edifício apresenta pavimento e escadas em pedra, arco duplo com colunas no átrio principal, guarda de escada em ferro forjado e rodapé em cantaria e azulejo. Os patamares, em cada piso, apresentam paredes revestidas a madeira, tetos falsos com iluminação embutida e, em geral portas de segurança. O edifício está equipado com elevador que serve os pisos 1 a 4, os quais mantêm serviços/escritórios vários, em funcionamento.

Baixa de Lisboa com alterações substanciais

O mercado imobiliário, na Baixa de Lisboa tem registado alterações substanciais nos últimos anos, nomeadamente com o reforço na componente habitacional, onde projetos de reabilitação têm procurado preservar o património arquitetónico das zonas históricas da cidade, entre outros, disse ao Público Imobiliário Ramiro Gomes, do Millennium bcp. “Mesmo assim, e apesar das novas realidades criadas durante os últimos dois anos, mantém-se ainda um interesse muito relevante na manutenção de escritórios e, consequentemente, na canalização de investimento para este ramo do imobiliário”. Neste contexto, diz Ramiro Gomes, espera-se um bom nível de procura com escoamento rápido do produto que se está a promover, o qual beneficia de uma localização muito interessante em Lisboa, num edifício de arquitetura pombalina. “Havendo interesse em canalizar investimento para este segmento, haverá, sem dúvida uma manutenção da procura de escritórios. Aliás, o Banco tem tido manifestações de interesse regulares, as quais têm sido difíceis de satisfazer pela escassez de produto neste segmento.”