Quais os grandes desafios que este ano o SIL apresenta, nomeadamente por ainda estarmos de alguma forma em contexto de pandemia?
Este ano vamos ter um SIL especial, no sentido em que, pela primeira vez, teremos um salão híbrido, ou seja, presencial e online. Este é um projeto complementar à feira física, que permite que os expositores e visitantes interajam também virtualmente e a partir daí façam o seu networking. É um modelo misto, e que nos permite chegar a um maior número de interessados e participantes com uma maior amplitude geográfica e especificamente de players internacionais.
Isto porque, face ao contexto atual, este será um SIL mais pequeno, embora não menos ambicioso e desafiante, e que representa um grande desafio pelo compromisso que temos com o sector.
Esse compromisso é visível na missão que a Fundação AIP tem na ajuda que dá às empresas na retoma da sua atividade, de forma profissional e segura, possibilitando-lhes o espaço para troca de contactos, network e possível concretização de negócios, contribuindo assim para uma retoma gradual da economia, numa altura em que estamos sob grande pressão económica. É por isso que ficou decidido, enquanto parte desse compromisso, o desconto de 50% no valor do bilhete, sendo possível comprá-lo por cinco euros. Não são cinco euros apenas para o SIL, e esse é outro dos motivos que torna a edição de 2020 especial. Porque estaremos no mesmo espaço e em simultâneo com duas feiras que lhe são complementares: a Tektónica e a Intercasa, de construção e decoração.
Que especiais medidas tiveram de ser tomadas?
Desde o início da pandemia, a Fundação AIP nunca deixou de estar em contacto com as entidades competentes e estamos a trabalhar em estreita articulação com a DGS - Direção Geral de Saúde e com a UFI (União de Feiras Internacional), entre outras entidades, no sentido de adotar e implementar todas as medidas que permitam a segurança necessária à participação nos eventos que organizamos.
A obrigatoriedade de utilização de proteção individual, a medição da temperatura à entrada, marcação de corredores de circulação única, a disposição pelo pavilhão de vários dispensadores de álcool-gel para higienização são apenas as medidas mais prementes.
Claro que existirão cuidados extra, com medidas diferenciadoras, para que todos se sintam, (colaboradores, expositores e visitantes) e estejam efetivamente, seguros no nosso espaço.
A FIL já foi reconhecida com os selos “Safe & Clean” e “Safe Travels”, e vai continuar a acompanhar a evolução de todas as orientações emanadas pelas entidades públicas competentes.
Feedback gratificante
Qual o feedback dos expositores?
Consideramos que é de louvar o comprometimento que os expositores presentes têm com o sector e por estarem connosco neste evento e transmitir uma mensagem de positivismo e segurança, que demonstra que é possível retomar as feiras, de forma profissional e segura, com todas as ferramentas e comodidades para a troca de contactos, network, e com a missão de alavancar o mercado. Foi neste sentido que trabalhámos e o feedback tem estado a ser muito gratificante, porque sentimos que estamos no caminho certo e a superar as adversidades. Vai ser um SIL diferente, no entanto, o seu ADN está lá – Networking e Negócios - e é esse o nosso objetivo primordial.
Anunciaram que a edição será complementada por uma plataforma que permitirá aos expositores agendarem reuniões e mostrarem os seus produtos. Quais as vossas expectativas?
A app FIL – Smart Events será uma aposta para os eventos futuros organizados pela FIL e pelo CCL, que já foi implementada em setembro, durante o evento que decorreu no CCL, Portugal Smart Cities Summit. É uma aplicação prática e de utilização intuitiva que permite agendar reuniões B2B virtuais, com agentes nacionais e internacionais; assistir a conferências via livestreaming; aceder ao catálogo dos expositores do evento; com a introdução de inteligência virtual é possível fazer matchmaking com outros utilizadores através da análise dos perfis próprios; realizar videochamadas, entre outras funcionalidades. Com a utilização da FIL – Smart Events, permite-se que a dinâmica de negócios perdure para além da realização física do evento e que a rede de contactos permaneça online para poder ser consultada até à próxima edição, aumentando assim o retorno do investimento dos expositores e participantes.
Para nós, este é o início de um projeto que a Fundação AIP tem privilegiado, uma vez que contribui também para o incremento do projeto de internacionalização da organização: assim, os expositores das nossas feiras poderão contactar de forma mais fácil e prática com empresários e buyers estrangeiros.
Prémios para os melhores
O que mais gostariam de destacar nesta edição no que diz respeito ao programa?
Destacamos no dia 8 de outubro a conferência SIL Investment Pro powered by APPII, com um painel dedicado ao “Impacto do Covid-19, desafios e oportunidades” no setor, “Imobiliário Green e Imobiliário Next Generation: As implicações das novas realidades europeias no Imobiliário”, “A criação de um mercado de Habitação Acessível” e ainda “QUO VADIS financiamento ao sector imobiliário?”, assim como o SIL Turismo Residencial, conferência em parceria com a APR – Associação Portuguesa de Resorts, que ocorre no dia 9 de outubro e cujo grande tema é “Um Novo Olhar sobre o Turismo Residencial”, com uma mesa redonda focada no “Contributo do Turismo Residencial para a recuperação económica de Portugal”, “Regulamentação, fiscalidade, apoios e a responsabilidade dos promotores” e ainda “A nova procura: requisitos pós-pandémicos de habitação e ambiente”.
Voltaremos a ter a distinção dos Prémios SIL do Imobiliário, com cerimónia de entrega de prémios, que se irá realizar no dia 9 de outubro, em que premiamos as empresas que se destacaram nas seguintes categorias: Construção Sustentável e Eficiência Energética, o Melhor Empreendimento Imobiliário nas categorias de Comércio, Serviços e Logística; Habitação; Turismo, Reabilitação Urbana nas categorias de Habitação; Turismo; Espaços Públicos; Escritórios; Comércio e Serviços.
Em comunicado disse que “vamos homenagear o espaço mais importante das nossas vidas: a nossa casa”. O que podemos esperar?
A junção destes três eventos, SIL, Tektónica e Intercasa, já diz muito sobre o que pretendemos. Estamos a juntar três sectores altamente complementares e com sinergias que devem ser aproveitadas. Temos a fileira da construção, do imobiliário e da decoração e permitimos aos profissionais, mas também ao público que nos visita, que passem por essas três fases, do ponto de vista B2B e B2C. E claro, temos de ressalvar a importância que a casa, o lar, teve nas nossas vidas nos últimos seis meses. Mudámos um pouco a nossa visão do espaço habitacional, tendo em conta que nos últimos tempos a casa foi o nosso espaço de trabalho, a escola dos nossos filhos, o nosso ginásio, o nosso restaurante, passámos a fazer praticamente tudo em casa, e também do escritório, pelo que é cada vez mais imperativo pensar, refletir e debater o novo conceito de “casa”.
Qual a importância do SIL no mercado?
Há muitos anos que nos temos afirmado como o salão líder do imobiliário no país e sabemos da importância que temos para o mercado, até porque conseguimos ter uma representatividade de todos os sectores, desde a promoção, a mediação, a banca e serviços, entidades públicas e governamentais e associações do sector.
Como é natural, os expositores gostam do ambiente de feira, do presencial, onde a interação com os clientes, parceiros e concorrentes é fundamental, mas vamos utilizar como já referimos as novas tecnologias, com um modelo híbrido, potenciando ainda mais o negócio dos nossos expositores.