Tivoli Kopke Porto Gaia, é o nome do novo hotel de 150 quartos que deverá inaugurar em março do próximo ano em Vila Nova de Gaia, resultado de um investimento de 50 milhões de euros.
O hotel situa-se na encosta da cidade, e resulta da recuperação e reabilitação de uma antiga cave de vinho do Porto Kopke, que assim ganha uma nova vida. Além das 150 unidades de alojamento, o hotel terá dois restaurantes, três bares, duas piscinas, ginásio e instalações para eventos totalmente equipadas, incluindo 6 salas de reuniões e um spa. A cave de vinho do Porto da marca é adjacente ao hotel, e será uma das suas principais atrações.
Em entrevista ao Público Imobiliário, a A400, que está encarregue deste projeto, explica que “este projeto contempla intervenções em diversos edifícios existentes, construídos entre meados do século XVIII e inícios do século XX, com paredes em alvenaria de pedra granítica e coberturas compostas por asnas de madeira e telhas cerâmicas tradicionais. Os trabalhos de recuperação passam pela requalificação de todas as paredes existentes em alvenaria de pedra a preservar que apresentem um mau estado de conservação, através de métodos pouco intrusivos, como por exemplo, o tratamento de juntas entre blocos de pedra, de modo a melhorar o seu comportamento”.
Também na zona do Porto a A400 está a trabalhar no projeto do Matadouro, que será transformado num novo núcleo empresarial, com zona museológica ou espaços educativos explorados pela Câmara Municipal do Porto. Trata-se de um investimento de cerca de 40 milhões de euros a cargo da Emerge, subsidiária do grupo Mota-Engil.
A A400 recorda que, depois de muitos anos de degradação, “os edifícios existentes encontravam-se em um estado de conservação que comprometia a sua integridade estrutural. Neste sentido, está em curso a reabilitação dos edifícios existentes, adaptando-os aos novos usos, e integrando edifícios novos, capacitando o complexo aos novos programas e valências”. Os edifícios serão entregues para exploração dos futuros arrendatários prontos a receber as divisões internas e acabamentos finais.
A empresa completa que “teremos, simultaneamente, um diálogo direto e confrontante e um contraste de escalas muito evidente. Por um lado, a grande cobertura assume o diálogo da grande escala com a cidade, nomeadamente com a VCI, Metro, Estádio do Dragão, Mercado Abastecedor, vencendo as dimensões altimétricas de delimitação e confronto territorial imediato. Por outro lado, a escala dos edifícios existentes do Matadouro procura transpor a escala pequena, da cidade que advém da Corujeira e do Vale de Campanhã e que acompanha as vivências diárias do espaço e de quem habita no seu entorno. Pretende-se nesta abordagem a promoção de atividades multissectoriais e o envolvimento da comunidade no desenvolvimento deste futuro polo da cidade”.