Em 2022, o pipeline de projetos de habitação na zona de Torres Novas mais do que duplicou em número de fogos, com 63 novos projetos residenciais e 173 fogos submetidos a licenciamento. Números da Confidencial Imobiliário que confirmam o aumento da procura num mercado que tem vindo a valorizar de forma significativa nos últimos anos.
Adelino Tomaz, da Century 21 Castle, afirma que “na zona de Torres Novas também se assistiu a um aumento de procura e estagnação de obra nova, o que, claramente, influenciou os preços e tornou o mercado imobiliário mais competitivo”. E explica que “a lei da oferta e da procura faz o mercado funcionar, mas não se pode descurar a carência de imóveis habitacionais. Temos na zona grupos de investidores que estão a dinamizar o setor, quer na construção quer na reconstrução. Estes projetos estão a manter o mercado bastante ativo e a fazer crescer os concelhos envolventes”.
Atualmente, procuram a zona de Torres Novas “famílias que buscam melhor qualidade de vida”, assim como “investidores que veem neste mercado uma excelente oportunidade de negócio”. Procuram essencialmente “imóveis habitacionais (habitação plurifamiliar e unifamiliar) tendo em conta a escassez na oferta. Seguem-se os terrenos, que constituem um ponto forte nesta zona do país quer para construção de moradias quer para agricultura”, segundo Adelino Tomaz. “Este fenómeno é sentido em todo o país, obviamente que com dimensões diferentes. Torres Novas não pode ser comparada a uma grande metrópole, mas segue as tendências do mercado nacional”, completa.
Uma zona rica em património cultural, próxima de praias fluviais, parques naturais e reservas naturais e arqueológicas, Torres Novas dispõe de excelentes acessos, e essa é uma das suas vantagens estratégicas e motivo de impulso da sua economia. A sua localização no centro do país permite ligação às principais auto-estradas e à linha do Norte, a cerca de uma hora de Lisboa. Está também próxima do Entroncamento e da sua base logística de contentores, um dos principais polos ferroviários do país. É o setor terciário que se tem evidenciado nesta zona do Médio Tejo, sendo de salientar a presença de empresas e sociedades relacionadas com o comércio por grosso e a retalho, com um número crescente de pessoas empregadas nesta área, assim como nos serviços.
“Estes fatores, em conjunto com o aumento do custo de vida nas grandes metrópoles, estão a impulsionar a migração de famílias para a zona interior do país, pois viram o seu poder de compra e qualidade de vida diminuir nos últimos anos”. Assim, este concelho, onde a ferrovia e todas as indústrias conexas são a grande matriz, “funciona como elemento recetor da atividade de empresas localizadas na localidade como nos concelhos envolventes. Se adicionarmos a migração interna sentida no país, percebemos que a necessidade de nova habitação é cada vez mais notória” numa cidade que “é uma excelente opção para quem procura qualidade de vida fora das grandes cidades”.