Após o 25 de Abril de 1974 e os anos conturbados se lhe seguiram, expande-se enormemente o movimento sindical. Os sindicatos, independentemente das suas ligações partidárias, procuram representar os trabalhadores na defesa dos seus direitos, consagrados na legislação laboral e nos Contratos Coletivos de Trabalho (CCT).
As empresas também sentiram necessidade de se agruparem, por fileiras de atividade, por setores, extintos que foram os antigos grémios. Desse modo sentiam que melhor defendiam os seus interesses e melhores meios tinham para negociar as tabelas salariais e os demais direitos consagrados nos CCT.
A APEMIP (na altura não se designava assim) foi constituída por gestores e proprietários de empresas de mediação para defender os interesses patronais nas negociações do setor.
Passados quase 50 anos sobre o 25 de Abril, hoje a realidade é bem diferente da então prevalecente. A negociação dos CCT perdeu importância e, sendo hoje, em grande parte, os acordos laborais feitos empresa a empresa ou de modo diverso.
Os sindicatos foram perdendo força e associados e as associações patronais também. A realidade do nosso setor, como de tantos outros, mudou. Isso leva a que as associações, tanto de trabalhadores como empresariais, tenham que se reinventar para responder a novas necessidades, sob pena de perderem representatividade.
O nosso setor, o da mediação imobiliária – talvez mais do que nenhum outro – é constituído por uma realidade diversa e complementar: por um lado as empresas de mediação e, por outro, os agentes imobiliários, por conta de outrem ou por conta própria que, independentemente dos anos passados, todos precisamos de concentrar o modo como queremos ser representados. Atualmente grande parte dos Agentes Imobiliários, são também empresários por conta própria.
É intenção desta direção da APEMIP e da lista eleitoral que encabeço acolher todos estes profissionais da mediação imobiliária na nossa associação. Só assim a APEMIP poderá ganhar força, representatividade, prestígio e notoriedade nacional e internacional.
Trata-se de responder a uma realidade que muitos outros países conhecem e alguns já resolveram.
Agora que estamos juntos, seremos muito mais fortes.