Paulo Caiado
Paulo Caiado
Presidente da Direção Nacional da APEMIP

Aumenta a Atividade de Mediação Imobiliária

19/01/2022

De facto, por um lado, para a generalidade das pessoas uma transação imobiliária tem a relevância de ser, por norma, um importante momento das suas vidas; por outro lado, é um tipo de processo onde é muito elevada a probabilidade de discrepâncias.

Efetivamente, temas como as divergências de áreas, discrepâncias de registos, de moradas, irregularidades fiscais, irregularidades de identificação, legitimidade, beneficiários efetivos, mudança de opinião, etc., fazem parte de uma enorme panóplia de aspetos disfuncionais frequentemente associados a uma transação imobiliária.

A rápida “capilarização” da informação, nomeadamente através das redes socias, tem feito com que cada vez mais este tipo de situações seja do conhecimento geral. Consequentemente, parte significativa das pessoas entende que ao recorrer aos serviços da Mediação Imobiliária estará potencialmente a preservar e a zelar pela segurança do negócio imobiliário.

Uma transação imobiliária entre particulares tem uma significativa implicação de risco para ambas as partes envolvidas e a maior consciência desse facto estará na origem do crescimento que estamos a assistir.

O nível de responsabilidades que atualmente recai sobre as empresas de Mediação é elevado e abrange diversas áreas como: as obrigações fiscais, as obrigações de legitimidade, a verificação de conformidade de todos os dados relativos a cada imóvel, a identificação de benificiários efetivos, as normas de divulgação, as obrigações no combate ao branqueamento de capitais e terrorismo, entre tantas outras.

É também este nível de responsabilidade que tão bem tem sido acomodado na generalidade da Mediação Imobiliária que seguramente está a contribuir para que cada vez mais estes serviços sejam entendidos pela generalidade dos clientes como o melhor recurso à segurança, tranquilidade e integridade que deve caraterizar uma transação imobiliária.

Para a atividade imobiliária torna-se, incontornável conviver não só com as responsabilidades atuais como vindouras, na expectativa de que o setor seja merecedor da crescente confiança que as pessoas, em geral, nele têm encontrado.