Pedro Giménez Barceló
Pedro Giménez Barceló
CEO, Giménez Ganga

O aumento da fatura da eletricidade entra pelas janelas

05/02/2021

Enquanto utilizadores, muitas vezes sentimos que não podemos fazer nada para evitar o aumento da conta de energia, sentindo-nos impotentes e limitamo-nos a reavaliar comportamentos para reduzir consumos. Contudo, há várias soluções a considerar para melhorar a eficiência energética da habitação e diminuir a fatura da eletricidade.

Passive House é um conceito construtivo que define um padrão de elevado desempenho que é eficiente, sob o ponto de vista energético, saudável, confortável, economicamente acessível e sustentável. O ambiente interior numa Passive House é caracterizado pela boa qualidade do ar, conforto térmico (temperatura mínima 20ºC e temperatura máxima 25ºC) e inexistência de grandes variações térmicas. A Passive House é o mais elevado padrão de eficiência energética a nível mundial e uma solução que corresponde à definição do NZEB – Nearly Zero Energy Building. Numa altura em que o conceito de Passive House começa a popularizar-se, já todos parecem entender que reduzir ao mínimo as pontes térmicas pode favorecer, dependendo de uma multiplicidade de fatores, poupanças de até 90% de energia.

Embora a realidade esteja muito longe desse valor atribuível apenas a uma arquitetura desenvolvida de raiz com uma filosofia Passive House, a verdade é que, de acordo com a Direção Geral de Energia e Geologia, o setor dos edifícios na Europa consome cerca de 40% das necessidades energéticas, correspondendo à maior fatia entre todos os setores de atividade. Em Portugal, os edifícios são responsáveis por cerca de 30% do consumo energético do País (16,7% no setor doméstico e 13,3% nos serviços). Em suma, gasta-se muita energia, de forma pouco eficiente, onerosa, e gera-se um impacto ambiental bastante significativo.

O último Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico (ICESD) - realizado em colaboração entre a Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e o Instituto Nacional de Estatística (INE) - demonstrou que, tendo em conta as diferentes utilizações de energia nos alojamentos, o aquecimento do ambiente, corresponde a 21% do consumo global, enquanto a energia consumida no arrefecimento do ambiente apresenta ainda uma reduzida expressão 0,5%, o que significa que os custos energéticos para climatização da habitação totalizam 21,5% dos consumos. Na análise dos resultados do consumo de energia nos alojamentos por tipo de fonte energética, verifica-se que a eletricidade foi a principal fonte de energia utilizada e os consumos associados à climatização das residências portuguesas representam 10,7% da fatura de eletricidade.

Proteger as janelas ajuda a diminuir a fatura de eletricidade

Uma das ações fundamentais a realizar para ter uma habitação o mais energeticamente eficiente possível é a proteção das janelas, dado que estas são o principal elemento da casa responsável pela climatização, e por onde se perde o calor no inverno e o ar fresco no verão.

De acordo com os indicadores da ERSE, o consumo de eletricidade no sector doméstico situa-se nos 2225 kWh anuais, por habitação, o que significa que cada família portuguesa tem um custo médio anual de 528 euros com a fatura da eletricidade. Com a implementação de sistemas eficientes de proteção térmica nas janelas, como persianas e estores Saxun, a poupança poderia atingir os 56,5 euros por ano e as famílias portuguesas poderiam passar a pagar um valor anual de cerca de 471,5 euros na fatura de eletricidade, enquanto asseguram janelas com uma transmissão térmica de 1W / m². Este valor anual de eletricidade poderá ser ainda inferior se, para além das persianas e estores, forem instalados na fachada sistemas de isolamento térmico, como os wind screens ou toldos Saxun.

Há mais de 60 anos que a Giménez Ganga desenvolve sistemas inovadores para melhorar a qualidade de vida dos utilizadores e aumentar o conforto térmico das habitações, enquanto se reduz a tão temida conta de luz.