Para isto, é premente unir a eletrificação e digitalização nas nossas casas, de forma a encontrar soluções que nos permitam gerir e medir o nosso consumo e, assim, alcançar maior eficiência energética.
Como serão, então, as Casas do Futuro? Já vemos algumas tendências muito claras: serão cada vez mais digitais e elétricas, mas também deverão ser mais personalizáveis, eficientes e sustentáveis.
Efetivamente, uma maior personalização das nossas casas vai permitir-nos maximizar o conforto dos ocupantes, algo de que já ninguém prescinde, sobretudo após a pandemia – em que passámos a estar muito mais tempo em casa. Assim, a casa deve ser capaz de se adaptar às necessidades em constante mudança de quem lá vive, e a mais recente tecnologia de Smart Home habilita precisamente isso, integrando diferentes dispositivos domésticos inteligentes, como persianas, ar condicionado, iluminação, etc., sempre de acordo com as preferências dos ocupantes.
Contudo, como dizia, é necessário que a tecnologia também nos ajude a economizar energia e ser mais sustentáveis – por exemplo, com equipamento de ar condicionado que se desliga automaticamente quando deteta abertura de portas e janelas; com aplicações que nos permitem definir horários para abrir ou fechar as persianas de forma remota a determinadas horas do dia; ou com sensores de movimento que permitem apagar todas as luzes quando não detetam ninguém em casa. É já sabido que as soluções digitais modernas podem ajudar-nos a economizar entre 30% e 40% no consumo de energia – e não podemos perder esta oportunidade.
Assim sendo, esta modernização é urgente, mas há que ter também em conta que as Casas do Futuro não são apenas aquelas que ainda vamos construir, mas também as que já existem e que devemos reabilitar e modernizar. A maior parque do nosso parque habitacional atual ainda vai servir-nos em 2050; no entanto, para podermos, enquanto país, cumprir os objetivos net-zero impostos pela UE, devemos superar as ineficiências atuais dos edifícios existentes e torná-los sustentáveis, resilientes, hiper eficientes e centrados nas pessoas.
As boas noticias é que já sabemos o caminho a seguir para o conseguir: a convergência entre eletrificação e digitalização, aplicada em todos os setores e também nas novas soluções domésticas inteligentes e sustentáveis. E porquê? Porque a eletricidade é três a cinco vezes mais eficiente do que outras fontes de energia. De facto, é mesmo o tipo de energia mais eficiente e também o melhor vetor para a descarbonização, pois facilita a transição para uma energia mais limpa. Por outro lado, o digital torna visível o invisível e, por conseguinte, torna a energia inteligente, promovendo a eficiência e eliminando o desperdício. É uma equação onde só há respostas certas.
Em suma: no momento em que vivemos, é imperativo que as nossas casas sejam mais inteligentes, para poderem medir e monitorizar o nosso consumo, e em torno ajudar-nos a fazer a diferença na redução das emissões e na poupança de recursos. O planeta agradece... e o nosso bolso também.