Esta é uma iniciativa de grande importância e oportunidade porque reúne um amplo conjunto de intervenientes, designadamente as empresas e profissionais do Setor da Construção e do Imobiliário, as Associações, o Sistema Científico e Tecnológico Nacional, as entidades reguladoras, o Governo e o Senhor Presidente de República, e ocorre num momento decisivo, atendendo ao contexto global, europeu e nacional e ao exigente calendário de execução dos fundos europeus. Reflete, também, o amplo consenso que existe na sociedade, reconhecendo-se que Portugal não pode ficar à margem de uma Europa que aposta precisamente nas infraestruturas para se reposicionar de forma competitiva e precisamos de cooperar mais, para eliminar obstáculos na célere execução dos projetos que há muito estão identificados como essenciais para a competitividade e para o crescimento económico sustentável.
A Convenção da Construção permitirá debater temas relevantes como o impacto nas empresas de uma crise pandémica sem precedentes que ainda vivemos, das consequências da Guerra, bem presentes no quotidiano atual do tecido empresarial, os problemas que o planeamento e a execução do Investimento Público representam, muito em particular ao nível do PRR, da importância da Habitação e ainda, o desafio da capacitação do Setor e a necessidade de apoiar a sua transição tecnológica e digital.
Estaremos, por isso, perante uma oportunidade para identificar as soluções extraordinárias e transitórias que têm de ser implementadas de imediato para salvaguardar a competitividade das empresas nacionais perante uma conjuntura que, como sabemos, apresenta elevados níveis de incerteza, bem como debater as condições necessárias para permitir a concretização do novo ciclo de investimento em infraestruturas e em habitação, acompanhando uma aposta que está no cerne da estratégia europeia.
A reflexão conjunta realizada nesta Convenção tem de se traduzir numa ação efetiva, orientada para assegurar o adequado posicionamento das nossas empresas e para o correto aproveitamento dos recursos europeus que temos à nossa disposição. A aposta nas infraestruturas e na habitação é essencial para o reposicionamento competitivo da economia e para concretizar a transição energética e digital, elementos essenciais para concretizarmos os nossos objetivos comuns e construirmos o futuro sustentável que ambicionamos.