Acontece que muito mais do que números grandes, a NAR tem nos E.U.A. um nível de notoriedade, de influência política e de reconhecimento social existente em poucos setores de atividade. Para o comum cidadão Americano, é impensável comprar ou vender um imóvel sem recorrer a um “Realtor” (profissional de mediação imobiliária), e o motivo é simples, é com esse profissional que irá encontrar a segurança, a transparência, os dados, as informações, as ligações profissionais, a capacidade de negociação, o elo de confiança necessário para que a compra ou venda de uma casa seja um processo seguro e tranquilo.
Nos E.U.A., muitos dos “Realtors” (Agentes e Mediadores Imobiliários) exibem orgulhosamente uns “PIN’s” correspondentes a diferentes graus de formação, de antiguidade, entre outras etapas das suas carreiras. Neste evento havia uma zona destinada aos diversos fornecedores associados ao tema imobiliário, curiosamente verifiquei que estavam em venda os tais “PIN’S” o que me suscitou a pergunta que quase de imediato fiz:
- Então qualquer um pode comprar e usar um “PIN” acerca de uma qualquer certificação?
Com grande assertividade explicaram-me que de facto qualquer um pode comprar um “PIN”, mas só o pode usar se tiver a certificação que o “PIN” reflete.
Talvez um pouco à “Portuguesa” mostrei o meu espanto e referi:
Qual o problema em usar o “PIN”?
Com a referida assertividade explicaram que se alguém usar um “PIN” sem ter a certificação respetiva, a NAR pode deixar de ter essa pessoa como seu membro, o que significa que não poderá exercer a sua atividade como “Realtor”.
De volta ao nosso “Mundinho” é fantástico constatarmos que estamos mais próximo dessa distante realidade, que cada vez mais em Portugal as Pessoas recorrem a profissionais do setor imobiliário quando querem vender ou comprar casa, que estes Profissionais estão cada vez mais empenhados na sua qualificação, que a tutela do setor está igualmente empenhada em trazer mais profissionalização e rigor no acesso e desenvolvimento do setor.
Igualmente é boa a constatação de que o progresso tecnológico está aqui como nos E.U.A. direcionado para incrementar a eficiência dos profissionais. Têm sido inúmeras as tentativas de portais e plataformas em ocuparem o espaço dos profissionais, acreditando que os seus serviços tecnológicos seriam merecedores de remuneração, a realidade é que cada vez mais, as pessoas não dispensam pessoas quando a base do que está em causa, são imóveis.
A crescente procura pelos serviços imobiliários também ocorre porque os profissionais têm sabido incorporar as soluções tecnológicas utilizando-as para melhorarem o seu nível de serviços e eficácia, muito mais do que permitirem qualquer espécie de conforto operacional.
Porque acreditamos que independentemente de algumas conquistas muito relevantes o nosso espaço de crescimento é gigante, a APEMIP também pretende evoluir tornando-se muito mais do que uma mera associação patronal, na associação do setor imobiliário.