O setor da construção não é exceção e as particularidades desta atividade acarretaram alguma complexidade extra.
A evolução do impacto da pandemia, quer em termos da saúde individual e coletiva quer em termos económicos, manteve-nos sempre alerta no que diz respeito às diretrizes das autoridades de saúde e às medidas que foram sendo impostas para minimizar os seus efeitos, tendo por nós sido instituído um plano eminentemente prático e dinâmico, que designámos Diretiva de Atuação COVID-19, graduado em quatro diferentes níveis, determinados por parâmetros pré-estabelecidos.
Até hoje, não excedemos o segundo nível.
A implementação do referido plano de atuação constituiu um desafio exigente, mas foi, simultaneamente, gratificante. Exigente, no âmbito da atividade onde estamos inseridos, na rapidez de atuação e na frequente mutação das providências requeridas. Compensador, pela forma como os nossos colaboradores e todos os nossos parceiros aderiram ao mesmo, bem como pelo empenho demostrado em prol de uma causa comum, que foram determinantes para os resultados alcançados.
Priorizámos o enquadramento dos grupos mais vulneráveis, alterámos substancialmente diversos regimes de trabalho – o teletrabalho assumiu relevância jamais observada – incrementámos a informação e a formação, mantivemos uma monitorização rigorosa, reforçámos a aquisição de diversos produtos e serviços, adquirimos novos equipamentos, adaptámos múltiplas instalações, reduzimos a densidade ocupacional em todos os centros de trabalho. Ainda que de forma atenuada, registou-se inevitável redução oscilante da carga de mão-de-obra efetiva nas obras em curso.
Tudo implicou custos económicos valorizáveis e com contornos inesperados que tivemos que suportar, obrigando a um desafio permanente para minimizar as consequências negativas no planeamento dos trabalhos.
A nível humano e social, este processo tem tido um impacto demolidor. Muitos dos nossos colaboradores, em pleno exercício de funções, laboram no mesmo local e sem qualquer contacto “físico” há mais de um ano; o uso de plataformas informáticas e de outros meios de contacto à distância passaram a merecer maior atenção, tendo sido um elo de ligação muito importante, em detrimento do contacto presencial.
Inevitavelmente, surgiram casos de infeção em obras; o nosso histórico de ocorrências está associado sobretudo a trabalhos realizados em ambiente interior e a dois períodos temporais relevantes: o primeiro, mais significativo, entre maio e junho de 2020, o segundo em janeiro do presente ano.
Não obstante todo este contexto, lográmos continuar a plena laboração em todas as empreitadas em curso e o cumprimento dos compromissos com os nossos clientes.
Esta dinâmica incentivou em todos a importância da colaboração entre pares, nunca esquecendo o período anómalo que vivemos. Com esse espírito e com a ativa participação de todas as entidades envolvidas nas nossas obras, nomeadamente a ligação às autoridades locais de saúde, procuramos reduzir ao mínimo o aparecimento de novos casos e a disseminação da infeção pelo vírus SARS-CoV-2.
Hoje, as boas práticas surgem espontaneamente nas atitudes individuais, contudo é notória a carência de socialização que fortalece a sustentabilidade das relações humanas e das equipas de trabalho.
Será com certeza no futuro imediato a nossa maior preocupação. Deste modo, teremos como objetivo estar centrados em promover uma atividade multidisciplinar que traga motivação acrescida aos nossos colaboradores.
