Visitei no passado dia 25 de Novembro a Madeira, numa missão conjunta da APPII com a APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, por ocasião da Conferência “Madeira na Rota do Investimento Imobiliário”, uma coorganização desta Associação e do Jornal da Madeira e que esgotou as salas do Savoy Palace em escassos dias.
A conferência contou com a presença do Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, do Presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado e do Secretário Regional de Economia da Madeira, Rui Barreto, entre outros.
Devo dizer que fiquei impressionado com a Madeira e o Funchal em particular. Não só pela beleza da paisagem, que sempre foi das mais ilhas mais bonitas do nosso Atlântico, mas acima de tudo pela “beleza” do crescimento económico, do desenvolvimento de uma economia que parece fervilhar e está pujante, de um comércio melhor e mais sofisticado, dos vários restaurantes de altíssimo nível em termos de qualidade e serviço, enfim de uma economia regional que deu gosto ver. O turismo sempre foi um ponto forte da Madeira, mas que o vi por aqueles dias em que tive a oportunidade de voltar a visitar o Funchal e as suas empresas, nomeadamente do imobiliário e do turismo, superou em muito as expectativas.
Porém, devo dizer que o que mais me deixou como uma marca verdadeiramente diferenciadora para qualquer investidor imobiliário foi o ambiente “friendly” que encontrei, por parte dos decisores políticos, desde o Governo Regional e ao seu Presidente, ao Presidente da Câmara Municipal do Funchal e também ao de Câmara de Lobos, que igualmente marcou presença e todos os demais decisores públicos da Região Autónoma. Um ambiente amigável dos turistas, dos investidores, do imobiliário. Algo diferenciador quando comparado muitas vezes com o Continente, onde a aversão a tudo quanto é investidor, turismo, estrangeiro, imobiliário tornou-se uma constante, ainda que o turismo e o imobiliário sejam dois pilares fundamentais da nossa economia, criem e mantenham emprego, aguentem a economia quando todos os demais sectores param (Pandemia de VOCID19), quando alavancam a economia quando uma crise sistémica se abate violentamente sobre nós (crise financeira de 2008), quando sustentam toda uma indústria da construção, dos materiais, do próprio comércio local e da economia das cidades, enfim, dois sectores criadores e geradores de riqueza ao País, que infelizmente em Portugal Continental, muitas vezes, parece não serem bem-vindos. Bravo Madeira e bravo aos seus decisores políticos. Os investidores já há muito que descobriram a Madeira, mas com este ambiente amigável certamente vão continuar a investir mais na vossa magnífica Região. Assim o merecem.
Mas há mais fatores diferenciadores. Desde o ambiente sano e agradável que se vive naquela Região, que a todos cativa, desde moradores, turistas, investidores, passando pela tipicidade da Ilha, que sempre deve ser, harmoniosamente, mantida em equilíbrio com a evolução e a sofisticação do novo comércio e serviços.
Outro fator absolutamente diferenciador, é uma região segura e não devemos esquecer, cada vez mais, ligada também à saúde. Este vetor da nossa sociedade e economia que, percebi pelas várias intervenções a que assisti e conversas que mantive, é também um dos desígnios de desenvolvimento da Região Autónoma. O turismo de saúde é absolutamente vital e tem conseguido captar não só muitos residentes temporários ou novos residentes para investimento, que tanta riqueza e capital aportam à Madeira, ao seu comercio e economia local, mas também muitos residentes permanentes seniores, que escolhem passar o resto da sua vida dedicados a esta zona de Portugal.
Impressionou-me ainda o tamanho e a relevância para a economia regional de alguns dos nossos Associados, promotores e investidores imobiliários madeirenses. Já conhecia uma parte desta importância, mas confesso ficou muito para lá de todas as expectativas e ainda por cima todos com claros e ambiciosos sinais de crescimento. A esses grupos, bravo, os nossos parabéns.
Uma nota final para todos aqueles, do Continente e internacionais que, sei, “olham” para a Madeira e ali querem instalar-se ou desenvolver projetos: vale a pena! Há oportunidades, a Madeira quer crescer, somos bem-vindos, temos governantes e autarcas que nos darão, certamente, as boas-vindas e ainda com disponibilidade total para receber quem quiser investir na sua/nossa Ilha da Madeira.