Manuel Reis Campos
Manuel Reis Campos
Presidente da CPCI e da AICCOPN

Uma nova ambição para uma nova Legislatura

16/02/2022

Em conjunto, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) e a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), apresentaram aqueles que consideram ser os desafios e a ambição que consideram que devem estar presentes neste novo ciclo político, ao qual tem de corresponder um novo ciclo económico caracterizado por um crescimento sustentável, que coloque as empresas e a competitividade no primeiro plano.

Com efeito, a uma só voz, as cinco Confederações Patronais, defendem uma estratégia económica de médio prazo ambiciosa, mas exequível, que assente em novas políticas públicas, capazes de transformar a economia e alicerçadas em ganhos de produtividade e no relançamento do investimento. Reformas estruturais para transformar a economia, prioridade ao crescimento e às empresas, fundos europeus, o desafio demográfico e um pacto de concertação, são áreas onde são apresentadas propostas transversais a todo o tecido empresarial e a toda a sociedade, que podem originar um verdadeiro processo transformador de uma economia que tem de crescer de forma inclusiva e sustentável, concretizar os desafios das alterações climáticas, da transição digital e da resiliência e convergir com a restante Europa.

Sabemos que enfrentamos uma conjuntura complexa, em que os impactos gerados pela pandemia ainda não foram ultrapassados, somando-se constrangimentos como a falta de mão-de-obra qualificada e o anómalo aumento dos preços das matérias-primas, dos materiais de construção e da energia, incluindo-se aqui, em particular, os combustíveis. Porém, o crescimento tem de ser uma prioridade para o País e estão reunidas as condições para implementar um verdadeiro Pacto Social para o Crescimento, capaz de mobilizar toda a sociedade, promovendo a estabilidade e a previsibilidade que são necessárias.

O novo Governo terá a possibilidade de criar condições para responder a estes desafios e acompanhar esta ambição. E o Setor da Construção e do Imobiliário, que tem dado um imprescindível contributo para a retoma da economia, está preparado, como sempre esteve, para esse desígnio. É, portanto, o momento crucial para concretizar as soluções há muito identificadas.