Paulo Caiado
Paulo Caiado
Presidente da Direção Nacional da APEMIP

Os novos desafios da mediação imobiliária

08/09/2021

O que os separa: a necessária concorrência e competitividade que é grande e continuará a crescer. É suposto encontrar diferentes níveis de recursos, de estruturas, de inovação, de criatividade e de valor, que devem caraterizar entidades que saudavelmente concorrem entre si.

No âmbito da atividade de mediação imobiliária, devemos ter claro que os clientes são os principais responsáveis pelo ritmo e sucesso das entidades deste setor. São eles que precisam de uma reposta para a sua necessidade – que, neste caso em concreto, é comprar ou vendar casa.

É muito raro ouvir alguém dizer: “Quero comprar uma casa porque está na imobiliária x ou y”. A realidade é que a generalidade dos clientes vão comprar a casa que querem, que gostam e que podem pagar; é isso que os move.

No âmbito da pressão competitiva, a imobiliária que tenha essa casa que o cliente quer comprar é valorizada, exatamente pelo simples facto de ir ao encontro das necessidades daquele cliente naquele caso concreto.

Por outro lado, o cliente que quer vender uma casa procura no prestador de serviços a capacidade de este se conseguir relacionar com a generalidade dos operadores do mercado. Esta exigência dos clientes cria na mediação imobiliária uma enorme responsabilidade.

É necessário reinventar o setor e orientar o cliente no processo de compra ou venda da sua casa, sem que isso seja um processo aborrecido ou complicado.

A partilha de negócios imobiliários entre diferentes imobiliárias é algo recente e fantástico. É uma realidade cada vez mais comum e resulta principalmente da necessidade de corresponder às expectativas dos clientes.

Partilhar um negócio significa também partilhar dinheiro, algo que por regra é exclusivo de pais e filhos, casais – sempre que a confiança é óbvia.

Construir níveis de confiança que permitam às empresas de mediação imobiliária partilhar negócios entre si abre lugar a novos desafios, desde logo na implementação de regras, com princípios éticos inquestionáveis, com capacidade de entender que também são os clientes quem marca o ritmo do desenvolvimento das organizações.

Num futuro que está a chegar, haverá uma pessoa que escolhe uma imobiliária para comprar o seu imóvel, assim como haverá outra pessoa que escolhe uma imobiliária para vender o seu imóvel. As escolhidas deverão ter assim a capacidade de prestar um serviço de excelência.