A sustentabilidade em condomínios
Tratando-se de um condomínio a gestão torna-se mais complexa, principalmente quando hoje em dia é necessário promover a sustentabilidade para a qual é necessário exibir conhecimentos de arquitetura, engenharia, economia e direito. Em suma o cidadão médio não sabe gerir os edifícios, é necessária uma gestão profissional.
Perante a realidade de um edifício já existente, promover a sustentabilidade obriga, de uma forma simples, a estruturá-la em três fatores; Energia, Resíduos, Águas
Fator de sustentabilidade - Energia
No domínio das zonas comuns identificam-se necessidades de energia que podem ser desenvolvidas no sentido da sustentabilidade, iluminação, energia de usos gerais (tomadas), elevadores e por vezes aquecimento.
O recurso a meios autónomos de produção de energia tais como painéis fotovoltaicos, urbinas, ou geração otimizada, vulgarmente identificada como cogeração são soluções disponíveis, mas que necessitam de estudos de viabilidade para cada edifício.
O recurso a iluminação LED é hoje uma realidade, que nem sempre se observa implementada. A otimização do consumo de energia nos elevadores, com recurso a unidades de produção de energia mais eficazes, é uma solução possível de implementar.
A promoção do isolamento térmico das envolventes verticais e cobertura resulta em poupanças de energia significativas, principalmente em zonas do interior do País.
A instalação de postos de energia para abastecer baterias de veículos é também uma medida no sentido da sustentabilidade
Ao nível das zonas privadas, onde a administração do condomínio não tem interferência, a sua ação pode ser desenvolvida no domínio da sensibilização e promoção de soluções sustentáveis ao nível da energia; Isolamento, Aquecimento de águas sanitárias, Iluminação privada, Controlo do consumo de eletricidade (horários fora de pico), Aquecimento e AVAC, etc.
Fator de sustentabilidade - Resíduos
Para além das águas residuais, um edifício produz resíduos. A gestão da produção promovendo a triagem prévia, com separação e redução de volume, a entrega em grupo e em volume em Ecocentros, a compostagem para utilização em jardins e vasos bem assim como a sensibilização para a diminuição de resíduos são medidas simples, mas que sendo implementadas por meio de especialistas contribuem definitivamente para a sustentabilidade do edifício.
Fator de sustentabilidade – Águas
A água é um recurso escasso. Em zonas comuns a utilização de água para limpeza e regas de jardins pode ser muito minimizada sem prejuízo da necessária higiene e satisfação das necessidades da flora. Em limpezas o conceito de sustentabilidade associa-se não só ao consumo de água, mas também ao consumo dos produtos de limpeza cuja agressividade ambiental deve ser tida em conta. O reaproveitamento da pluviometria (águas das coberturas) é uma solução que permite armazenas para regas em tempos de estio.
Ao nível da utilização privada, a administração do condomínio pode ser sustentável se implementar campanhas de sensibilização; Torneiras com controlo de fluxo, Chuveiros com limitador temporal, Inspeção (facultativa) da estanqueidade de torneiras, Controlo de consumos.
Em resumo uma administração profissional de condomínio, pode desempenhar um papel fundamental na implementação de fatores de sustentabilidade num parque edificado habitacional sob sua gestão, quer promovendo fatores de sustentabilidade nas zonas comuns sob sua administração quer através de campanhas de sensibilização dos moradores.