Globalmente, os edifícios consomem quantidades de energia e água, que geram aproximadamente 40% das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Precisamos de melhores abordagens em relação à eficiência dos espaços – não só em termos de edifícios novos como reabilitados.
Segundo um recente relatório da National Association of Realtors (NAR), uma das maiores associações norte-americanas do setor imobiliário, os millennials compõem o segmento de compradores que mais cresce. Neste âmbito, os jovens entre os 20 e os 30 anos são os que mais impulsionam esse segmento.
As gerações mais novas, principalmente, precisam de se sentir seguras nas suas habitações e, ao mesmo tempo, preocupam-se com questões relacionadas com o clima e emissões de carbono. A eficiência energética dos imóveis vai passar a ser uma das suas componentes de valor, e não apenas um instrumento administrativo.
Os investidores estão mais exigentes e criteriosos, principalmente agora que a informação – aliada à tecnologia – está disponível com o clique de um botão. Cada vez mais, as pessoas privilegiam o equilíbrio entre os benefícios económicos, ambientais e sociais.
No âmbito da sustentabilidade, ainda de acordo com a National Association of Realtors (NAR), 32% dos corretores de imóveis dizem que ajudaram a comprar ou vender uma propriedade que tinha recursos ecologicamente corretos e 65% afirmam que promover a eficiência energética é valioso.
Para uma utilização responsável da energia e para satisfazer as necessidades de mudança dos compradores, é necessário que exista mais comunicação e colaboração com os operadores de redes de energia e outro tipo de reguladores e fornecedores. A eficiência energética dos edifícios deve ser considerada não só depois de estes serem construídos, mas também durante a construção, através da análise dos materiais utilizados.
Face à relevância deste tema, a Academia de Formação da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) vai lançar uma ação formativa sobre sustentabilidade destinada aos profissionais desta área. Esta formação vai estar disponível ainda no decorrer deste ano.
A pandemia e as alterações climáticas geraram um maior foco no bem-estar dos compradores e a sustentabilidade é uma variável importante nesta equação. Todos nós devemos estar focados em encontrar e promover soluções que apoiem a nossa saúde e também a do planeta – agora e no futuro.