Paulo Caiado
Paulo Caiado
Presidente da Direção Nacional da APEMIP

A tecnologia deve englobar a componente relacional

23/03/2022

As novas ferramentas tecnológicas, ao se incorporarem no quotidiano de todos nós e das nossas organizações, são cada vez mais um recurso indispensável, uma vez que despertaram o surgimento de novas necessidades e soluções.

Num mercado cada vez mais competitivo, quem está atento às novidades e inovações tecnológicas mais probabilidade tem de aumentar o seu território de atuação, assim como atuar com maior rapidez e flexibilidade.

No âmbito do setor imobiliário, nos últimos anos, a aplicação da tecnologia tem incrementado significativamente.

A inteligência artificial, realidade aumentada, big data, IoT (Internet of Things), machine learning, criptomoedas – e até o atual crescimento do “Metaverso” – são tendências que têm dado origem ao desenvolvimento de novas soluções e oportunidades.

As atuais possibilidades comunicacionais, a quantidade de dados e informações imobiliárias, a possibilidade de as agregar e tratar de modo diferenciado, as atividades virtuais e a categorização de preferências de clientes assente em inteligência artificial são recursos que não param de nos surpreender.

A tecnologia é importante? Sim.

Pode ajudar-nos a encontrar soluções? Também.

No entanto, hoje em dia, o grande desafio reside na capacidade de conciliar a utilização de todos os recursos tecnológicos e as suas possibilidades com o domínio relacional. Este é insubstituível e deve ser a verdadeira base da atividade imobiliária, que continuará a gerar valor e a atuar ao lado daqueles que precisam de vender ou comprar casa.

Por mais inovadoras ferramentas tecnológicas que existam, substituir o relacionamento humano não é algo sustentável, porque o imobiliário continuará a ser uma atividade relacional. Por esse motivo, evoluir e desenvolver competências constantemente para sermos mais solidários, honestos e altruístas é fundamental agora e sempre.