SOLUÇÃO CASA

Inovação: europeus investem no espaço casa

13/05/2020
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Atualmente, um grande número de dispositivos comprados para as nossas casas apresenta funcionalidades inteligentes e conectados. Na Europa, por exemplo, cerca de 26 por cento dos 255 mil milhões de euros gastos em Bens de Consumo Técnicos serão para dispositivos inteligentes como câmaras, tratamento de ar, televisores, sistemas domésticos de áudio, aspiradores robóticos e LED Inteligentes. A previsão da GfK indica que o mercado para dispositivos inteligentes, excluindo smartphones e smartwatches, terá crescido o ano passado, a nível global, cerca de 9 por cento, de 122 mil milhões de euros para 133 mil milhões, resultados apresentados pela GfK para o mercado global de casas inteligentes revelados na última IFA, em Berlim.

A tecnologia nas casas sofreu uma taxa de variação sem precedentes ao longo das últimas décadas, e ainda não parou. Penetração de gamas de dispositivos inteligentes nos agregados familiares. As smart TV representavam, na primeira metade de 2019, 80 por cento dos televisores comprados na Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha, enquanto os aspiradores robôs representavam cerca de 12 por cento e 4 por cento no caso das máquinas de lavar louça.

Embora a promessa de uma casa inteligente soe bem junto dos consumidores em general, a realidade atual é um conjunto de dispositivos inteligentes isolados nas nossas casas. Apesar de um crescimento sólido de 42 por cento do valor para electro domésticos Inteligentes, e de um crescimento do valor de 25 por cento para Energia e Iluminação Inteligentes na primeira metade de 2019, a maior categoria smart de Entretenimento e Conectividade Inteligente representou um volume de negócios de 6,3 mil milhões de euros, apesar de apresentar um crescimento anual de 0 por cento, no período de janeiro a junho de 2019, nos cinco mercados europeus.

À medida que a primeira onda impulsionadora começa a diminuir, a indústria está à procura de formas para renovar a procura e elevar a residência inteligente para o próximo nível. Os primeiros impulsionadores compram por motivos muito diferentes do que o mercado de massas, sendo o estilo e as tendências, importantes componentes. No entanto, para levar estas soluções inteligentes para o mercado de massas, têm de ser adicionados outros benefícios à lista de vantagens que a residência inteligente traz aos consumidores, como a simplificação.

Simplificar a vida dos consumidores e cuidar das suas necessidades

O Estudo dos Consumidores GfK indica que 53 por cento dos inquiridos gostaria de uma utilização otimizada da energia, 48 por cento diz “sim” à monitorização remota da casa, e 41 por cento preferiam que os seus electro domésticos comunicassem uns com os outros. Este é o mandato sólido que os consumidores atribuem à indústria e aos retalhistas para tornar realidade o conceito de residência inteligente.

Os consumidores estão preparados para pagar um extra por soluções que simplifiquem a sua vida e cuidem das suas necessidades. Esperam que as soluções inteligentes e conectadas transformem as suas casas em lugares mais seguros, mais saudáveis, mais eficientes e automatizados. O estudo Vida dos Consumidores GfK indica que 24 por cento dos inquiridos de famílias jovens gostam da ideia de uma tecnologia que os “conhece” e que pode fazer recomendações e tomar medidas com base nas suas preferências. Isso contrasta com 6 por cento de inquiridos mais velhos que talvez tenham uma atitude mais cautelosa relativamente à tecnologia. Contudo, se a confiança na tecnologia e as preocupações com a complexidade forem abordadas, os consumidores mais idosos também poderiam desfrutar de um conjunto de soluções ligadas à Saúde Inteligente.

Igor Richter, especialista da GfK para a indústria de telecomunicações e de eletrodomésticos inteligentes, diz que “não se trata de saber se a Smart Home vai ou não ser uma realidade, trata-se de saber como remover as barreiras para a sua adoção. Já estamos a testemunhar o futuro inteligente hoje mesmo. As soluções individuais bem-elaboradas, no seio de um ecossistema comum, constituem uma oportunidade tangível de construir uma ponte para contextualizar as casas inteligentes do futuro”.

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