Grande parte da energia consumida num edifício perde-se pela envolvente passiva (janelas, paredes e cobertura), sendo que as perdas térmicas ocorrem, sobretudo, nos elementos construtivos com maior debilidade ao nível do isolamento térmico, as janelas. Porém, as janelas eficientes podem minimizar essas perdas e garantir mais conforto para os ocupantes dos edifícios.
A ANFAJE explica que as caraterísticas técnicas das janelas eficientes (perfis com valores Uw mais baixos e com rotura térmica, vidros mais eficientes, ferragens reforçadas e produtos de instalação mais eficientes) permitem aumentar o isolamento térmico, o que tem como consequência imediata a redução das perdas energéticas pela envolvente passiva do edifício, com consequente redução dos consumos e da fatura com a energia de aquecimento (no Inverno) e a energia de arrefecimento (no Verão). De facto, a instalação de novas janelas eficientes pode representar uma poupança no consumo energético até 40%.
Para além da melhoria do desempenho térmico, as janelas eficientes aumentam também o isolamento acústico, uma vez que é reforçada a barreira física que reduz a passagem de ar e ruído, o que é extremamente importante sobretudo em zonas habitacionais com maior tráfego rodoviário, ferroviário, aéreo ou perto de grandes infraestruturas. O ruído excessivo tem um impacto direto negativo na saúde e produtividade dos ocupantes dos edifícios e, nesse sentido, as janelas eficientes promovem um maior conforto, bem-estar e saúde.
Por outro lado, as janelas eficientes permitem obter maior segurança antirroubo, devido a vidros laminados mais resistentes à quebra ou a atos de vandalismo e à utilização de sistemas de ferragem apropriados, como fechos adicionais, dobradiças reforçadas ou puxadores de segurança. Além disso, as janelas eficientes permitem também optar por soluções de elevada segurança relativamente à abertura das mesmas por parte das crianças, evitando as quedas mortais em altura, e proporcionando uma redução do risco de ferimentos graves, em caso de acidentes, e dos danos causados por condições climatéricas adversas, como tempestades ou ventos fortes.
Ao melhorar o isolamento térmico e acústico, o conforto, a segurança antirroubo e a prevenção contra acidentes graves, as janelas eficientes estão a contribuir para uma valorização do imóvel, que pode mesmo subir de classificação no seu certificado energético, alerta ainda a ANFAJE.
Tendo em conta que Portugal continua a ser um dos países da Europa com piores classificações no que respeita à qualidade da construção e à pobreza energética, a substituição de janelas antigas por novas janelas eficientes “é indispensável na reabilitação do parque edificado ao promover o aumento da eficiência energética. Aumentar a eficiência energética é dar melhor qualidade de vida, bem-estar, produtividade e saúde aos portugueses, enquanto se diminui o consumo e a fatura de energia e se combate a pobreza energética”, conclui a associação.
