Bruxelas e BEI querem disponibilizar 1,3 milhões de casas na Europa

21/10/2025
Bruxelas e BEI querem disponibilizar 1,3 milhões de casas na Europa
Pexels

Lançar no mercado cerca de 1,3 milhões de fogos (novos ou renovados) é o objetivo assumido na última semana pela Comissão Europeia e pelo Banco Europeu de Investimento, como forma de resposta à atual crise de acesso ao mercado da habitação no continente. 

A habitação tem sido “uma fonte de ansiedade”, sustentou Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. “Estamos a trabalhar com o Banco Europeu de Investimento para apoiar os esforços locais no sentido de disponibilizar 1,3 milhões de casas novas ou renovadas em toda a Europa (…). Para demasiados europeus, hoje, o lar tornou-se uma fonte de ansiedade [pois] pode significar dívida ou incerteza: há estudantes que desistem dos estudos porque simplesmente não conseguem encontrar alojamento, enfermeiros, professores e polícias não conseguem pagar para viver nas comunidades que servem”, cita a RTP. 

Este é um "desafio europeu que deve ser enfrentado em conjunto", sublinha Ursula von der Leyen, ao anunciar o lançamento, ainda este ano, do Plano Europeu para Habitação Acessível. "É um esforço europeu, ancorado nas realidades locais. Permitiremos mais espaço para habitação acessível ao abrigo das nossas regras de auxílios estatais, dando às comunidades a flexibilidade de que necessitam para construir mais casas a preços acessíveis", referiu.

De recordar que, no passado mês de março, o grupo BEI e a Comissão Europeia lançaram um Plano de Ação do BEI para apoiar a habitação, que inclui um novo portal único para a habitação para prestar aconselhamento e financiamento e prevê investimentos de cerca de 10 mil milhões de euros nos próximos dois anos.

A Comissão Europeia reconhece os desafios colocados pela crise habitacional em países como Portugal e pretende dar-lhes resposta através deste plano, que abrangerá financiamento, ajudas estatais e limites ao alojamento local, com o entendimento de que a habitação é uma competência dos Estados-membros.