Construir habitação nova ficou mais caro em maio, com os custos a subir 3,4% face a igual mês do ano passado. De acordo com os últimos números do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova, do Instituto Nacional de Estatística, esta é uma aceleração de 0,1% face à taxa de variação homóloga registada no mês anterior.
É a mão-de-obra que continua a impulsionar esta subida dos preços. O custo da componente da mão-de-obra contribuiu com 3,6 pontos percentuais (3,5 p.p. no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN e os materiais com -0,2 pontos percentuais (tal como em abril).
Pelo contrário, os preços dos materiais apresentaram uma variação de -0,3% (idêntica à do mês anterior) e o custo da mão de obra aumentou 8,5%, mais 0,2 pontos percentuais que em abril.
Entre os materiais que mais influenciaram negativamente a variação agregada do preço estão os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização, e a chapa de aço macio e galvanizada com descidas de cerca de 15%, bem como os vidros e espelhos, o aço para betão e perfilados pesados e ligeiros e os tubos de PVC com reduções de cerca de 10%.
Em sentido oposto, destacaram-se os ladrilhos e cantarias de calcário e granito, os betumes e os consumos de produtos energéticos com crescimentos homólogos de cerca de 10%.
Produção na construção abranda para 2%
No mesmo mês, a produção da construção em Portugal manteve a sua rota de crescimento, apesar da desaceleração face ao mês anterior. O Índice de Produção na Construção aumentou 2,0% em maio, variação inferior em 1,1 pontos percentuais à observada no mês anterior. Os índices de emprego e de remunerações registaram variações homólogas de 2,5% e 9,1%, respetivamente
No mês em análise, o menor crescimento da atividade da construção resultou do abrandamento de ambos segmentos. A Construção de Edifícios abrandou 0,7 pontos percentuais, para uma variação homóloga de 2,2%. Já a Engenharia Civil passou de um crescimento de 3,3% em abril, para 1,8% no mês em análise.
A variação mensal do índice de emprego foi 0,2%, enquanto a das remunerações se situou em 1,2% (3,6% no mesmo mês de 2023).
