“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. E as janelas também

24/09/2024
“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. E as janelas também
Freepik.com

Dinamizar a chamada Economia Circular, para combater as alterações climáticas e garantir condições de sustentabilidade para as gerações futuras, é uma exigência (e urgência) presente. A boa gestão dos recursos depende disso, e a ANFAJE recorda a Lei de Lavoisier: “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. 

A Europa quer atingir a neutralidade carbónica, em 2050, através da definição de novos planos e diretivas. Para isso, foi criado o programa “Renovation Wave”, cujo principal objetivo é duplicar a taxa anual de edifícios reabilitados em toda a União Europeia. Reabilitação com foco no aumento da resiliência dos edifícios face às alterações climáticas, uma maior preocupação com a qualidade dos projetos de arquitetura, incorporando princípios da Economia Circular e sustentabilidade. Neste quadro, as janelas eficientes reforçam o seu contributo indispensável para alcançar os objetivos e metas definidas a nível europeu, uma vez que permitem melhorar o conforto, o desempenho energético e reduzir as emissões de CO2, aumentando a poupança energética e a qualidade da construção. 

A ANFAJE alerta que “a consciencialização de que todos temos de agir para um ‘planeta sustentável e mais verde’, exige de facto, um grande impulso da Economia Circular, desafiando toda a fileira da construção, a aplicar a teoria dos três ‘R’ da proteção ambiental (reutilizar, reciclar e reduzir)”. 

Este desafio aplica-se também ao setor das janelas. Nos projetos de reabilitação, a decisão mais frequente é a de substituir as janelas existentes por novas janelas mais eficientes. E as janelas antigas podem ser reutilizadas para novos usos: para mobiliário, divisórias, prateleiras, portas de armários, estufas e jardins verticais, etc. “Novos modelos de negócio podem e devem ser criados com base neste novo paradigma”, defende a ANFAJE.

A reciclagem é outro dos pontos importantes, sobretudo o tratamento dos resíduos. O vidro tem uma capacidade inesgotável de incorporação na produção de novo material, mas os perfis das janelas também podem ser reciclados. “A gestão dos resíduos resultantes da produção das janelas e da sua instalação em obra é igualmente indispensável para atingir excelentes resultados ao nível da reciclagem”. 

As janelas eficientes ajudam a reduzir as emissões de CO2 dos edifícios ao longo do seu ciclo de vida. Mas, além disso, “o fabrico das janelas eficientes é, já hoje, realizado através de processos otimizados que reduzem os consumos energéticos e os desperdícios, diminuindo o seu impacto ambiental”.

A associação garante que “o setor das janelas eficientes está já a pôr em prática uma estratégia de gestão assente na Economia Circular. A maioria destas empresas começa a ter uma maior consciencialização da necessidade de projetar e fabricar produtos ecológicos, recicláveis ou com componentes de elevada percentagem de matéria-prima reciclada”. 

O esforço permanente em oferecer produtos cada vez mais eficientes, inteligentes e sustentáveis, leva as empresas do setor a investir no contínuo avanço tecnológico e na inovação. “Congratulamo-nos com o facto da maioria das empresas associadas da ANFAJE estar, há muitos anos, empenhada no caminho da sustentabilidade dos seus produtos, conseguindo obter as mais exigentes Declarações Ambientais de Produtos (DAP) e certificações voluntárias de qualidade”, conclui a ANFAJE.