O quarteirão D. João I, perto da Avenida dos Aliados e do Mercado do Bolhão, na Baixa do Porto, está a passar por um profundo processo de transformação, com a criação do novo projeto Bonjardim, um investimento de 65 milhões de euros da Avenue, e já está em construção. Promete “coser a malha urbana” desta zona da Invicta.
Este projeto de reabilitação “vai consolidar o processo de requalificação da rua Sá da Bandeira” toda esta zona da cidade, “que já conta com um elemento central, o renovado Mercado do Bolhão”. O quarteirão D. João I, rodeado pela rua do Bonjardim, rua Formosa e rua Sá da Bandeira, “ganha uma nova vida, mantendo as métricas originais nas novas fachadas”, segundo a Avenue.
O Bonjardim terá 28.000 metros quadrados de construção acima do solo, distribuídos por 93 apartamentos (T0 a T4 com 35 a 192 metros quadrados de área), piscinas privativas nos apartamentos da cobertura, varandas e terraços amplos e um conjunto de comodidades exclusivas, como ginásio equipado, pista de corrida na cobertura, zonas comuns de lazer ou sala do condomínio. Inclui ainda mais 13.000 metros quadrados a desenvolver diretamente por um parceiro hoteleiro.
O empreendimento vai incluir também uma praça central com esplanadas, restaurantes, cafés, supermercados e serviços, num total de 16 espaços comerciais, além de um jardim aberto ao exterior com um pequeno anfiteatro. São características que a Avenue acredita que “vão trazer, sem dúvida, uma nova alma a esta zona da Baixa do Porto”.
Para já, 90% da habitação, vocacionada para o segmento médio-alto, já está comercializada. 75% dos espaços comerciais estão arrendados. Os primeiros moradores poderão estar a viver no Bonjardim até ao final deste ano.
Para Pedro Baganha, vereador do Urbanismo da Câmara Municipal do Porto, este projeto “é fundamental para a estratégia de reabilitação da Baixa do Porto. Com a municipalização da Porto Vivo SRU em 2019, a primeira prioridade da nova administração foi reativar este projeto. Esperamos que surja uma nova dinâmica neste território com a sua conclusão”.
A reabilitação urbana “está na origem da Avenue”. A promotora considera que é “bastante gratificante deixar a nossa marca na cidade e dar uma nova vida e novos usos a edifícios emblemáticos. Atualmente, vemos a reabilitação como um conceito mais abrangente e que engloba a requalificação e dinamização de áreas de maior dimensão, contribuindo para fazer cidade e recuperar o caráter autêntico da vida urbana”.
